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O Caminho que levou ao Sinai

  • Foto do escritor: Rubens Szczerbacki
    Rubens Szczerbacki
  • 21 de nov. de 2020
  • 17 min de leitura

Atualizado: 10 de mai. de 2021


Ora, esta Agar é o Sinai, um monte da Arábia, que corresponde a Jerusalém que agora existe, pois é escrava com seus filhos. (Gl.4:25)



Sugestão: Procurem acompanhar este estudo, estando com o Google Earth aberto. Clique em Nuweiba e afaste um pouco a lente parta focar Israel e a península do Sinai.

Sabemos pela narrativa do Êxodo que os filhos de Israel foram escravos por 430 anos no Egito, e que isso fazia parte do plano de Deus para Israel, conforme promessa feita a Abraão. Essa promessa apontava para Israel se tornar uma grande nação, e que Canaã seria a terra dessa herança.

Há muitos ensinamentos sobre o Êxodo, literais, proféticos e espirituais, a começar pela figura de Moisés, um tipo cheio de semelhanças que prefiguram o Messias.

O período de quarenta anos em que hebreus saíram do Egito e entraram na terra de Canaã foi de grandes operações de maravilhas da parte de Deus. Toda a sobrevivência foi um milagre em si, mas sem dúvida, o auge dessa jornada foi o recebimento da Torá no Monte Horebe (Sinai), que marcou de forma excepcional e definitiva a existência e a história de Israel e o nascimento de um povo.

Ao longo de muitos anos, vários estudiosos, pesquisadores e arqueólogos procuraram determinar o local da travessia do povo de Israel, quando saíram do Egito, bem como a verdadeira localização do Monte Sinai. A tradição católica encontra no Mosteiro Ortodoxo de Santa Catarina, na Península do Sinai, o local onde Moisés recebeu as tábuas da lei. Não é verdade!

Por outro lado, a tradição judaica afirma que foram 50 dias o tempo entre a saída do Egito e o recebimento da lei no Sinai. Também não é verdade!

Afinal, onde fica o Monte Sinai? E onde se localizam as águas que se abriram para que Moisés e o povo de Israel passassem a pé enxuto?

Acompanhem este estudo.




O ROTEIRO DA TRAVESSIA

Já estive no Monte Sinai, que tradicionalmente é considerado, no Egito. Não precisa ser muito inteligente para perceber que sua base jamais comportaria mais de dois milhões de pessoas.

Quando Moisés estava apascentando o rebanho de Jetro, indubitavelmente, ele estava em Midiã, não no Egito. Do lugar onde morava até o lugar onde é tradicionalmente considerado o Monte Sinai, no Egito, dista mais de 200 quilômetros. Um homem inteligente como Moisés não iria apascentar as ovelhas de seu sogro numa distância dessas!

Ao ser vocacionado para liderar o povo de Deus, tirando-o do Egito, Deus lhe falou:

Certamente eu serei contigo; e isto te será por sinal de que eu te enviei: quando houveres tirado este povo do Egito, servireis a Deus neste monte (Ex.3:12).

Neste monte implica no mesmo lugar onde ele estava naquele momento apascentando o rebanho. Logo, ao ser libertado do poder do Faraó, o anseio de Moisés foi conduzir o povo de Deus ao Monte Sinai (em Midiã), em atenção à ordem de Deus:

servireis a Deus neste monte.

(Fonte: Internet)



Ron Wyatt encontrou este mapa velho da cidade de Al Bad, em Midiã, e nele estava escrito a palavra Jethro, perto do monte Jebel El Lawz. Isto serviu de sinal para ele saber que estava no lugar correto. Segundo Wyatt, Al Bad está a cerca de 15 km de Jebel El Lawz, informação que conseguiu em mapa da Arábia Saudita, na Biblioteca do Tennessee State University.


Tendo Faraó deixado ir o povo, Deus não o levou pelo caminho da terra dos filisteus, posto que mais perto, pois disse: Para que, porventura, o povo não se arrependa, vendo a guerra, e torne ao Egito. Porém Deus fez o povo rodear pelo caminho do deserto perto do mar Vermelho; e, arregimentados, subiram os filhos de Israel do Egito. (Êx.13:17-18)



O caminho para a terra dos filisteus (atual Faixa de Gaza) era o mais curto (Ex.13:17), mas para não haver confrontos e o povo se arrependesse vendo a guerra, a ordem foi seguir pelo caminho do deserto do Mar Vermelho (Ex.13:18). Mesmo assim, até hoje a verdadeira rota do Êxodo é discutida, e as três principais teorias são as seguintes, ilustradas pelo mapa abaixo:


. Teoria Tradicional - normalmente aceita por católicos, judeus e evangélicos. Com algumas variantes em relação ao lugar exato da travessia do Mar Vermelho, defende que os hebreus teriam contornado a península do Sinai, sem sair do Egito.

Localizado no Egito por indicação do Imperador Justiniano, o tradicional monte Sinai vem sendo usado como ponto turístico. As Bíblias atuais mostram mapas indicando lugares por onde poderia ter passado o povo hebreu, mas sem nenhuma comprovação ou evidência arqueológica. A sua localização é bem longe de Midiã, hoje região noroeste da Arábia Saudita.



. Teoria de Emanuel Anaty - a mais recente, a mais rejeitada e a menos conhecida. Acredita que os hebreus teriam seguido o caminho para a Palestina.


Arqueólogo italiano que descobriu no deserto do Neguebe o monte Carcom, que em hebraico significa "Monte de Deus". Sua localização também é longe de Midiã. Pode ter sido um dos acampamentos hebraicos durante os 40 anos de peregrinação, mas sem provas suficientes para afirmar. Situa-se entre Edom e o Egito, caminho para o Delta do Nilo, utilizado por muitos quando havia fome na atual região da Jordânia.


. Teoria de Ronald Wyatt - já aceita por muitos atualmente pela sua quantidade de evidências. Defende a tese de que até alcançarem o mar Vermelho os hebreus caminharam pelo tradicional Caminho dos Reis, atravessando o Golfo de Áqaba.


Ron Wyatt era anestesista, arqueólogo amador americano e adventista, foi o pesquisador mais contestado, criticado e até perseguido, principalmente por não ser formado em arqueologia. Contudo, foi o único que realmente conseguiu reunir o maior número de evidências. Em 1984 fotografou (cerca de 400 fotos) e filmou (12 horas de gravação) a região árabe, mas teve o material apreendido pelas autoridades locais (suspeitavam ser um espião judeu), pois não queriam que suas descobertas fossem divulgadas. Após 8 anos de oração, conseguiu reaver todo o material enviado pelos próprios árabes! Naquele momento estava hospedado num hotel na praia de Nuweiba, Egito. Wyatt morreu em agosto de 1999.



Ouvindo, pois, Faraó este caso, procurou matar a Moisés; mas Moisés fugiu de diante da face de Faraó, e habitou na terra de Midiã, e assentou-se junto a um poço. (Ex.2:15)

Moisés fugiu do Egito e foi parar em Midiã, na atual Arábia Saudita. Por onde Moisés teria caminhado? Qual teria sido sua rota? Grande parte do território da Península do Sinai é constituída por montanhas e desertos. Esta península possui formato triangular e pertence ao Egito[1]. Imaginemos que ele tenha saído do Egito e, entrando no deserto, pudesse ter contornado a parte norte da península e descido, passando por Ezion-Geber (próximo à atual Eilat), até chegar a Midiã. Mas, por se tratar de um homem no auge de sua força, e sabendo que não poderia caminhar livremente pela península do Sinai – pois ali havia muitas fortificações e torres egípcias de comunicação – é possível que Moisés tenha chegado à Arábia caminhando pelas montanhas da península!

Seja como for, no Êxodo, dois ou três milhões de pessoas entre crianças, de colo ou sendo amamentadas, mulheres, idosos, animais, carruagens rudimentares etc. não subiriam as montanhas! Assim, eu apostaria que o povo saiu de Ramessés para Sucote; de Sucote, foi descendo a península em direção ao deserto do Mar Vermelho, contornando (Mas Deus fez o povo rodear pelo caminho do deserto do Mar Vermelho – Ex.13:18-a) as montanhas até chegar a Etã; de Etã atravessariam Ezion-Geber, quando Deus, então, dá a ordem para que retrocedessem e acampassem em Pi-Hairote (Ex.14:1-2).

Diga aos israelitas que mudem o rumo e acampem perto de Pi-Hairote, entre Migdol e o mar – Ex.14:2-a– NVI).

E apascentava Moisés o rebanho de Jetro, seu sogro, sacerdote em Midiã; e levou o rebanho atrás do deserto, e chegou ao monte de Deus, a Horebe. (Ex.3:1)

Ora, Agar é o monte Sinai, na Arábia, e corresponde à Jerusalém atual, que está em escravidão com seus filhos. (Gl.4:25)

Por Êxodo 3:1 seria impossível imaginar um homem inteligente como Moisés, andar sobre o deserto escaldante mais de 200 km pra chegar a uma ‘outra’ Horebe, tendo ainda que atravessar o golfo de Áqaba (hb. Yam Suf[2], mar Vermelho), o que só poderia ser feito rumando ao norte, retornando pelo mesmo caminho que provavelmente fez quando veio do Egito, para apascentar o rebanho do sogro; da mesma forma que não consigo imaginar Jetro, seu sogro - juntamente com Zípora e seus dois filhos (Gérson e Eliézer) - ter ido ao deserto, onde Moisés estava acampado junto ao monte de Deus, se este não fosse próximo de onde moravam, ou seja, Midiã!

Veio Jetro, sogro de Moisés, com os filhos e a mulher deste, a Moisés no deserto onde se achava acampado, junto ao monte de Deus, e mandou dizer a Moisés: Eu, teu sogro Jetro, venho a ti, com a tua mulher e seus dois filhos. (Ex.18:5-6)

Se Moisés saísse de Midiã para apascentar o rebanho de Jetro, em Horebe, sendo Horebe no sul da península do Sinai[3], teria sido um absurdo! Evidentemente isso era impossível! Este é um argumento muito forte para não se aceitar a possibilidade de que o monte Sinai se localize na península que hoje tem esse nome.

Assim, cada vez fica mais evidente que o verdadeiro monte Sinai ou Horebe fica em Midiã, na Arábia Saudita! Quando Deus diz a Moisés: Quando houveres tirado este povo do Egito, servireis a Deus neste monte, é como se ambos (Deus e Moisés) estivessem falando face a face, tendo Horebe como cenário! É como se Deus dissesse para Moisés:

– É para cá que você trará o povo de Israel quando eu libertá-lo do Egito, e aqui me servireis!

Penso que Moisés levou o rebanho para trás do próprio deserto do (Sin)ai, quando então chegou ao monte de Deus, onde teve a experiência com a sarça (Ex.3:2). O que Moisés quis dizer com atrás do deserto? Como identificar a expressão atrás do deserto? A NVI fala do outro lado do deserto. Ora, Moisés estava no deserto de Sinai, em Midiã, e certamente deve ter levado o rebanho para alguma sombra para que fossem apascentados, repousassem e bebessem água. A expressão deserto de Sinai era usada para a região nas imediações de Midiã, na atual Arábia Saudita. (Ex.19:1; Nm.33:15-16)

E apareceu-lhe o anjo do Senhor em uma chama de fogo do meio duma sarça; e olhou, e eis que a sarça ardia no fogo, e a sarça não se consumia. (Ex.3:2)

E disse: Certamente eu serei contigo; e isto te será por sinal de que eu te enviei: Quando houveres tirado este povo do Egito, servireis a Deus neste monte. (Ex.3:12)







E ouvirão a tua voz; e irás, tu com os anciãos de Israel, ao rei do Egito, e dir-lhe-eis: O SENHOR Deus dos hebreus nos encontrou. Agora, pois, deixa-nos ir caminho de três dias para o deserto, para que sacrifiquemos ao SENHOR nosso Deus. (Ex.3:18)

E aconteceu que, quando Faraó deixou ir o povo, Deus não os levou pelo caminho da terra dos filisteus, que estava mais perto; porque Deus disse: Para que porventura o povo não se arrependa, vendo a guerra, e volte ao Egito. Mas Deus fez o povo rodear pelo caminho do deserto do Mar Vermelho; e armados, os filhos de Israel subiram da terra do Egito. (Ex.13:17-18)


O deserto do mar Vermelho é a atual península do Sinai, rodeado pelos dois lados pelo mar Vermelho (atuais golfo de Suez e golfo de Áqaba). O livro do Êxodo deixa bem claro que a rota de Gaza (via Maris) não foi utilizada pelos filhos de Israel após a saída do Egito. De acordo com Jonathan Sarna[4], este caminho, da fronteira do Egito até Gaza, possui cerca de 240 quilômetros. Esta distância levaria apenas algumas semanas, talvez um mês, para ser percorrida, mesmo por um grande grupo de pessoas, incluindo seus rebanhos.


Deus ia adiante deles numa coluna de nuvem, de dia, e uma coluna de fogo, de noite (Êx.13:21-22), direcionando e orientando a rota que deveria ser percorrida. A rota escolhida foi descrita em Ex.13:18 como o caminho do deserto do mar Vermelho. Parece que os filhos de Israel se dirigiram para o interior do deserto, que os levaria ao mar Vermelho (atual golfo de Áqaba), seguindo o caminho que Moisés conhecia quando fugiu do Egito, para áreas fora do controle egípcio, até chegar a Etã, à entrada do deserto.


Surpreendentemente, Deus deu novas instruções a Moisés quando chegou a Etã. Evitando a rota de Gaza, os israelitas evitariam confrontos contra os filisteus (Ex.13:17), mais de vinte fortificações egípcias ao longo da via Maris; estariam longe do Egito, evitando que parte dos israelitas se arrependesse da saída do Egito e desejassem voltar para lá. Dessa forma, o objetivo de Deus era levar os filhos de Israel para bem longe do Egito. Além disso, Seu plano tinha como uma das metas fazer chegar aos ouvidos de Faraó que os israelitas estavam desorientados e perdidos no deserto.



E José fez habitar a seu pai e seus irmãos e deu-lhes possessão na terra do Egito, no melhor da terra, na terra de Ramessés[5], como Faraó ordenara. (Gn.47:11)


Assim partiram os filhos de Israel de Ramessés para Sucote, cerca de seiscentos mil a pé, somente de homens, sem contar os meninos. E subiu também com eles muita mistura de gente, e ovelhas, e bois, uma grande quantidade de gado. (Ex.12:37-38)

Partiram, pois, de Ramessés no primeiro mês, no dia quinze do primeiro mês; no dia seguinte da páscoa saíram os filhos de Israel por alta mão[6], aos olhos de todos os egípcios, enquanto os egípcios enterravam os que o Senhor tinha ferido entre eles, a todo o primogênito, e havendo o Senhor executado juízos também contra os seus deuses. Partiram, pois, os filhos de Israel de Ramessés, e acamparam-se em Sucote. (Nm.33:3-5)

E partiram de Sucote, e acamparam-se em Etã, que está no fim do deserto. E partiram de Etã, e voltaram a Pi-Hairote, que está defronte de Baal-Zefom, e acamparam-se diante de Migdol. (Ex.13:20-21; Nm.33:6-7)

Se Sucote poderia ser considerado o início do deserto, Etã seria o fim, ou seja, numa direção do ocidente para o oriente (Oeste – Leste), já próximo a Ezion-Geber, para atravessar para a Arábia, caminho certamente conhecido por Moisés e Arão, quando o Senhor, então, dá a ordem para que retrocedessem e se acampassem defronte de Pi-Hairote. Então, de Etã para o sul, caminhando num cânion de leito seco, que desemboca no mar Vermelho (golfo de Áqaba), eles pararam na praia de Nuweiba, no Egito. Vejam no Google Earth que, racionalmente, não fazia sentido Deus ter dado uma ordem para que retrocedessem! O povo poderia chegar a Horebe sem se defrontar com águas! Aos olhos humanos, Deus parece levar Seu povo onde não havia qualquer possibilidade de saída! O impossível estava se formando na mente de Israel!

Disse o Senhor a Moisés: Fala aos filhos de Israel que RETROCEDAM e se acampem defronte de Pi-Hairote, entre Migdol e o mar, diante de Baal-Zefon; em frente deles vos acampareis junto ao mar.(Ex.14:1-2)


Moisés recebeu nova orientação da parte de Deus. Estranhamente, a nuvem direciona o povo a margear o golfo de Áqaba, retrocedendo, ou seja, caminhando em direção ao sul, até chegar e acampar diante de Pi-Hairote, entre Migdol e o mar. Isto, estando perto de atravessarem Ezion-Geber, em rota de travessia para a Arábia por terra (poderiam ter seguido ao norte, rumo à terra prometida, se Deus não tivesse outros propósitos). Moisés sabia que o caminho lógico para servir a Deus neste monte era seguir o mesmo caminho que conheceu quando fugiu do Egito, e que Arão também conhecia (Ex.4:27)! Arão acabou tornando-se a outra testemunha do poder de Deus. Ele sabia que aquele caminho escolhido por Deus não fazia sentido ao homem natural! Deus é Senhor! A impressão que tenho é que Deus blefa com Satanás, e para diante de Baal-Zefon, como se fosse se curvar diante dele!

Migdol significa cidade fortalecida ou torre; Pi-Hairote traduz monte esburacado ou cânion.


O CAMINHO DE MOISÉS A MIGDOL ERA UM APARENTE SUICÍDIO! BAAL-ZEFON PENSOU QUE ISRAEL SE CURVARIA A ELE, MAS FOI VENCIDO PELO PODER DE DEUS!


O CAMINHO DE CRISTO NA CRUZ ERA O MAIS DIFÍCIL E MENOS LÓGICO! SATANÁS PENSOU QUE TINHA VENCIDO, MAS PERDEU E FOI DESPOJADO!


Mas Moisés confiou em Deus, por mais que retroceder parecesse um contrassenso! Ele seguiu a nuvem, não procurou corrigir o caminho que Deus traçava, por mais irracional que pudesse parecer aos seus olhos! Então caminharam em direção contrária, ao sul: mar à esquerda; deserto, à direita, margeando o golfo de Áqaba, sempre direcionados e impulsionados pelo Espírito do Senhor, i.e., uma coluna de nuvem guiando-os pelo caminho, e de noite numa coluna de fogo para iluminá-los, para que caminhassem de dia e de noite, conforme Êxodo 13:20-21. O objetivo do Senhor era que chegasse aos ouvidos de Faraó que os israelitas estavam embaraçados no deserto, atraindo-os ao local da travessia.


O SENHOR ATRAIU FARAÓ A ASSISTIR NA TRIBUNA DO DESERTO, A VITÓRIA DE MOISÉS, E DEPOIS FÊ-LO EXPERIMENTAR SUA PRÓPRIA DERROTA, DE SEUS EXÉRCITOS AFOGADOS NO MAR! (Êx.14:27-30)


O SENHOR ATRAIU O DIABO A ASSISTIR NO CAMAROTE DO GÓLGOTA, A VITÓRIA DE CRISTO, E DEPOIS FÊ-LO EXPERIMENTAR SUA PRÓPRIA DERROTA, DE SEUS PRINCIPADOS E POTESTADES, EXPOSTOS AO VITUPÉRIO. (Cl.2:15)


Então Faraó dirá dos filhos de Israel: Estão embaraçados na terra, o deserto os encerrou. E eu endurecerei o coração de Faraó, para que os persiga, e serei glorificado em Faraó e em todo o seu exército, e saberão os egípcios que eu sou o Senhor. E eles fizeram assim. (Ex.14:3-4)


Contaram ao rei do Egito que o povo havia fugido. Então o faraó e os seus conselheiros mudaram de ideia e disseram: O que foi que fizemos? Deixamos os israelitas saírem e perdemos os nossos escravos! Então o faraó mandou aprontar a sua carruagem, e levou consigo o seu exército. Levou todos os carros de guerra do Egito, inclusive seiscentos dos melhores desses carros, cada um com um oficial no seu comando. O Senhor endureceu o coração do faraó, rei do Egito, e este perseguiu os israelitas, que marchavam triunfantemente. Os egípcios, com todos os cavalos e carros de guerra do faraó, os cavaleiros e a infantaria, saíram em perseguição aos israelitas e os alcançaram quando estavam acampados à beira-mar, perto de Pi-Hairote, defronte de Baal-Zefom. Ao aproximar-se o faraó, os israelitas olharam e avistaram os egípcios que marchavam na direção deles. E, aterrorizados, clamaram ao Senhor. (Ex.14:5-10)

A PERSEGUIÇÃO DE FARAÓ TINHA POR OBJETIVO EVITAR QUE MOISÉS LIBERTASSE O POVO DE ISRAEL.

SE CRISTO NÃO CONSUMASSE NA CRUZ O PROJETO DO PAI, A HUMANIDADE ESTARIA ETERNAMENTE PERDIDA.

Faraó pode ter recebido uma notícia assim de algum espia egípcio:

- Soberano, ao invés dos israelitas se afastarem do Egito a partir do deserto de Etã, eles parecem perdidos, pois retrocedem e parecem ter acampado numa praia sem saída! Certamente estão sem direção! Devem ter sido atraídos para serem engolidos pelo grande Baal-Zefom[7], ó Hórus vivo!

O povo não saiu do Egito antes da Páscoa. Só experimentamos a verdadeira libertação porque Cristo, nossa Páscoa, já foi crucificado! (1Co.5:7)

Deus não permitiu que o povo escolhesse o caminho dos filisteus, que estava mais perto, para que não se arrependesse vendo a guerra e voltasse para o Egito. Isso significa que é Deus que encaminha a nossa libertação, é o Espírito que dá a direção. Muitas vezes saímos de prisões e queremos logo a terra prometida. Mas, sem experiência e não convenientemente armados, seríamos rapidamente consumidos pelo inimigo, desanimaríamos e nos prostraríamos, preferindo permanecer no Egito! Então Deus nos leva a um caminho mais longo, mais difícil, para dar tempo de aprender a lutar e nos aparelharmos adequadamente para a terra. Israel precisava de tempo para se familiarizar com a Torá!

Deus jamais tirou de diante do povo a coluna de nuvem ou a coluna de fogo! O Espírito de Deus está sempre direcionando o povo! Ele tem sempre uma estratégia para confundir o inimigo e nos dar a vitória! Assim, fez chegar aos ouvidos de Faraó a notícia de que Israel estava sem rumo no deserto.

Então Ele ordena que Israel retroceda e se acampe em Pi-Hairote, diante do mar. Agora, o inimigo vai crer que o fim chegou para o povo de Deus! Seria melhor voltar para o Egito?

Os demônios estão atrás! Na frente só o mar!

Não temais! Estai quietos e vede o livramento do Senhor, que hoje vos fará[8]! O Senhor pelejará por vós!

Dize a Israel que marche!



A imagem acima mostra uma vista aérea da praia onde está a pequena cidade de Nuweiba, onde o aluguel de equipamentos de mergulho para passeios submarinos é uma das principais atividades turísticas.



Acima, foto de satélite ampliada da região. Os caminhos brancos são estradas entre os montes. Os hebreus e os egípcios vieram do norte (Êxodo 14.2)



Outra evidência é a planície do fundo do mar nesta área (diagrama acima). As imagens abaixo foram montadas por mapeamento topográfico, e mostram que o mar é profundo ao sul (1700 m) e ao norte (900 m) da praia formando uma espécie de ponte submersa (cerca de 110 m de profundidade)! No fundo foram encontradas rochas agrupadas em linha reta na beira desta planície fazendo-a parecer uma estrada.

A distância entre a costa egípcia e a árabe é de cerca de 18 quilômetros e calcula-se que a largura do caminho feito pelo afastamento das águas tenha aproximadamente 900 metros. Levando-se em consideração o forte vento nas laterais e que uma pessoa leve 4 horas e meia para percorrer essa distância, estima-se que a travessia de quase 3 milhões de pessoas possa ter levado umas 15 horas.



Possivelmente teria sido aqui (foto acima) ou um pouco mais para o lado esquerdo, a festa dos hebreus (Ex.15:1-21), pois foi neste local onde foi encontrada uma coluna comemorativa erguida por Salomão. Ao fundo está a praia (Nuweiba) onde estavam acampados antes da travessia. Baal-Zefom (???). Aqui foi encontrada uma coluna em estilo fenício. Baal era um deus adorado pelos fenícios!




No Egito (foto acima)


Foram encontradas duas colunas em estilo fenício, sendo uma na praia do lado egípcio (Nuweiba) e outra do lado árabe. A primeira encontrada foi no lado egípcio em 1978, onde havia uma inscrição em hebraico destruída pela erosão (a parte inferior estava no mar) praticamente ilegível. A segunda, em 1984, no lado árabe e idêntica, tem a mesma inscrição em hebraico e é legível com as palavras: Egito; Salomão; Edom; morte; faraó; Moisés; e Jeová, significando que foi erguida por Salomão, em honra a Jeová, e dedicada ao milagre da travessia do mar Vermelho por Moisés e à destruição do exército egípcio. Semanas depois, a coluna foi retirada e colocada um marcador-bandeira em seu lugar. Os árabes não apreciam estrangeiros pesquisando em sua terra, principalmente judeus e americanos.

Durante o reinado de Salomão, Israel foi uma potência no Oriente Médio, onde obteve o controle marítimo da região (1 Reis 9.26 e II Crônicas 8.17). Há uma referência em Isaías 19:18-19, que acredita-se ser a coluna do lado egípcio.

Naquele tempo haverá cinco cidades na terra do Egito que falarão a língua de Canaã e farão juramento ao SENHOR dos Exércitos; e uma se chamará: Cidade de destruição. Naquele tempo o SENHOR terá um altar no meio da terra do Egito, e uma coluna se erigirá ao SENHOR, junto da sua fronteira. (Is.19:18-19)



Na Arábia antes...



... e depois!



Acima, o local da praia onde se iniciou a travessia: A base da coluna estava sob a água e foi removida por soldados israelenses para atrás da estrada que beira a praia. Israel ocupou a região da península do Sinai entre 1967 e 1982.


O vento com força sobrenatural veio do lado árabe (das montanhas ao fundo), na direção do povo, mas se dividiu em duas correntes de ar separando as águas sob a forma de muros que, afastados criaram um caminho sem água (Ex.14.22).

E os filhos de Israel entraram pelo meio do mar em seco; e as águas foram-lhes como muro à sua direita e à sua esquerda. (Ex.14:22)

Dependendo da altura da maré no dia, esses muros de água chegavam a cerca de 100 m na parte mais profunda, no meio da travessia. Quando o vento parou, a pressão do retorno das águas foi suficiente para matar e afogar os egípcios! Notar no mar a pouca profundidade no início da travessia pela sua tonalidade mais clara e a parte mais escura, onde é mais profundo.

Periodicamente, pesquisadores mergulham no local da travessia buscando materiais como ossos, cascos, rodas, restos dos carros egípcios entre outros objetos. É normal o mergulho de turistas em busca das belas paisagens submarinas e alguns até encontram esses materiais.




Acima, rodas e seus eixos incrustados de corais. Foram encontradas rodas de 4, 6 e 8 raios. As rodas de 8 raios só foram fabricadas na 18a dinastia dos faraós. O rei do Egito usou toda

a sua frota de carros (Êxodo 14.6-7) com todos os tipos de rodas existentes.


Abaixo, as rodas folheadas com metal (ouro com prata) cuja madeira se decompôs com o tempo, provavelmente eram dos carros dos oficiais, praticamente não foram cobertas pelos corais. Uma relíquia arqueológica!








Acima, reconstituição retirando os corais de uma roda de 8 raios. Nota-se a ausência de um deles. Roda de 6 raios com eixo. Um detector de metais submarino acusou presença de ferro.




Esta montanha é Jebel al Lawz, na Arábia.

Ela é o Monte Sinai da Bíblia!


O pico do monte está queimado (carbonizado), conforme descrito em Êxodo 19:18-20; 24:17 e Deuteronômio 4:11. Exploradores quebraram algumas rochas e comprovaram que são de granito e escuras apenas por fora! É o local mais alto da região (mais de 60 metros de altura). Fica ao centro e na parte traseira da montanha.

Por Êxodo 3:12 aprendemos que o Monte Sinai fica localizado fora do Egito e que Moisés esteve no local quando apascentava as ovelhas de Jetro, seu sogro e sacerdote de Midiã, região noroeste da Arábia (Êxodo 3:1). Portanto, o Monte Sinai não poderia ser tão distante do local onde Moisés vivia, como vem sendo ensinado durante séculos.

As descobertas e achados são incontestáveis: As colunas comemorativas no local da travessia, os restos dos carros dos egípcios a mais de 30 m de profundidade e o pico do monte carbonizado.

Depois de realizadas buscas nas áreas da rota do Êxodo a partir de 1761, foi então encontrado na Arábia Saudita o que se chama hoje de o verdadeiro Monte Sinai. Gálatas 4:25 confirma que o Monte Sinai fica na Arábia! Em árabe, a região montanhosa se chama Jebel El Lawz e os árabes beduínos da região a chamam de Jebel Musa (Montanha de Moisés).






[1] A península do Sinai esteve nas mãos de Israel desde 1956. Em março de 1979 Israel e Egito assinam o acordo de Camp David, e em 1982, Israel devolveu a península ao Egito, estabelecendo um acordo de paz entre as nações e o premio Nobel da Paz de 1978 a Menachem Begin, primeiro-ministro de Israel, e a Anwar Al Sadat, presidente do Egito. [2] Mar dos juncos ou mar dos charcos. [3] Local onde hoje existe o Mosteiro de Santa Catarina, a igreja de Monte Sinai. Na realidade, não há qualquer interesse no Egito para que a verdade sobre a localização do monte Sinai venha à tona, pois causaria sérios prejuízos turísticos. A definição deste lugar (Jebel Musa) foi feita por Helena, de Constantinopla, mãe de Constantino I, imperador romano, em 325 d.C. Ela dizia que a sarça ardente da qual Deus falou com Moisés, estava ali, e então foi construída a capela de Santa Helena. Entre 527 e 565 d.C., o imperador bizantino Justiniano I, o grande, ordenou que fosse construído o mosteiro de Santa Catarina, em volta da capela de Santa Helena.

[4] Professor de História Judaica na Universidade Brandeis, em Waltham, Massachusetts. [5] Ramessés é no Delta do Nilo, Gósen. [6] Ninguém ruma à terra prometida antes da Páscoa! Ninguém alcança a salvação sem a cruz! [7] um deus que os helenos conheciam como Zeus Kasios, o deus do Monte Aqraa, na costa da Síria, que foi associado com raios, o mar e um protetor do comércio marítimo. [8] Êx.14:13

 
 
 

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