Consciência da Santificação
- Rubens Szczerbacki
- 3 de mai. de 2022
- 15 min de leitura

A CONVERSÃO TIRA O CRISTÃO DO MUNDO, A SANTIFICAÇÃO TIRA O MUNDO DO CRISTÃO.
(John Wesley)
Existe uma palavra que parece andar meio esquecida dentro das igrejas dos nossos dias: santificação. De um modo geral, essa expressão tem tomado um cunho, um tanto religioso na mente de muitos pastores e líderes cristãos. Existe uma clara distinção entre justificação e santificação. Justificação é um ato legal da graça de Deus, que muda a natureza judicial do homem diante Dele, pois agora fomos feitos justiça de Deus (2Co.5:21). Assim, se antes o homem era culpado diante de Deus por causa do pecado, agora em Cristo, pela fé, ele é regenerado, tem sua inocência provada e reconhecida de forma gratuita mediante a redenção que há em Cristo (Rm.3:24). Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo, a fim de que, justificados pela graça, nos tornemos herdeiros, segundo a esperança da vida eterna (Rm.5:1; Tt.3:7).
No entanto, embora recebamos uma nova natureza quando somos alcançados por Cristo, e o Espírito Santo passe a fazer morada em nós, somente a santificação muda a natureza interior do homem. Há uma conexão inseparável entre justificação e santificação. É uma obra do Espírito Santo no homem. Ou seja, embora saibamos que o homem é justificado somente pela fé, a justificação é conectada pela santificação, pois afinal, é impossível não haver mudanças no caráter do homem, a partir do momento que o Espírito Santo passa a habitar nele! E essa é uma obra que tem como fundamento a Palavra de Deus! Por isso, conheçamos e prossigamos em conhecer ao Senhor (Os.6:3-a). Santificação é um processo que se inicia pela graça do Espírito Santo com cooperação do crente. É diferente daquela bondade moral que muitos apregoam. Então, todo o cuidado deve ser tomado para não entender a santificação como a justiça própria que nos leva à vida eterna. Santificação é um processo que se iniciou na justificação e que nos transforma de fé em fé, para que cada vez mais sejamos parecidos com o caráter de Cristo, como Paulo escreveu aos efésios: Até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo (Ef.4:13). Esta é a meta! Desde o Antigo Testamento, somos exortados a viver uma vida santa: Portanto, santificai-vos e sede santos, pois eu sou o SENHOR, vosso Deus (Lv.20:7), palavras ratificadas por Pedro em sua primeira epístola (1Pe.1:16). A santificação é uma obra sobrenatural de Deus! Não é algo que você determina ou incute no espírito da pessoa regenerada pelo fato dela ter tido um encontro com Cristo! O que passa a existir a partir da justificação é uma santa disposição, uma vontade infundida pelo Espírito, em sinergia com o homem que foi justificado. Participamos ativamente do processo de santificação! O Espírito nos santifica, sendo nós mesmos também instrumentos desta obra! Quando Paulo nos exorta a detestarmos o mal, nos apegando ao bem (Rm.12:9-b); ou para que em lugar de sermos orgulhosos, possamos agir com complacência com aquele que é humilde, não sendo sábios aos nossos próprios olhos, nem tornando a ninguém mal por mal, mas esforçando-nos para praticar o bem perante todos os homens (Rm.12:16-17); ou para que nos afastemos de tantas práticas, como aquelas descritas em Romanos 1:28-32 e similares (no final deste texto eu listo o que a Bíblia explicita como práticas abomináveis para Deus), significa que o crente, ao mesmo tempo que é estimulado a viver uma vida santa, deve ser diligente em aperfeiçoar sua vida moral e espiritual, como Deus fala a Miquéias: Ele te declarou, ó homem, o que é bom e que é o que o SENHOR requer de ti, senão que pratiques a justiça, ames a misericórdia, e andes humildemente com o teu Deus (Mq.6:8).
Vários exemplos na Bíblia confirmam isso. O mesmo Deus da paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito, alma e corpo sejam conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo (1Ts.5:23); Ora, o Deus da paz, que tornou a trazer dentre os mortos a Jesus, nosso Senhor, o grande Pastor das ovelhas, pelo sangue da eterna aliança, vos aperfeiçoe em todo o bem, para cumprirdes a sua vontade, operando em vós o que é agradável diante dele, por Jesus Cristo, a quem seja a glória para todo o sempre. Amém! (Hb.13:20-21); Permanecei em mim, e eu permanecerei em vós. Como não pode o ramo produzir fruto de si mesmo, se não permanecer na videira, assim, nem vós o podeis dar, se não permanecerdes em mim (Jo.15:4); logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim (Gl.2:20); Assim, esta é uma obra que é realizada no homem, de dentro para fora, do espírito para o corpo, passando pela alma. Não se trata de um processo que ocorre naturalmente, mas por ação sobrenatural do Espírito e a nossa vontade de viver para Deus! Meus filhos, por quem, de novo, sofro as dores de parto, até ser Cristo formado em vós (Gl.4:19). Ou seja, a meta é Cristo ser formado em nós! Ele nos matriculou na escola da vida eterna! Não tínhamos recursos para pagar as mensalidades, mas Ele nos concedeu bolsa de estudos! É de graça! Assim como numa escola onde devemos assistir às aulas, estudar para não sermos reprovados, passar de série a cada ano letivo, até que o diploma nos seja entregue pelo diretor da escola. Se, todavia, negligenciamos os estudos, podemos ser reprovados. Fomos chamados, mas podemos não ser escolhidos, mesmo depois de tantos anos frequentando a mesma escola! O investimento poderá não ter valido de nada, o que seria uma lástima!
Isso é o que muitas igrejas ensinam sobre a mortificação da carne, onde o pecado é removido de forma gradual. Verdade que Paulo exorta a nos considerarmos mortos para o pecado, mas vivos para com Deus, não permitindo que o pecado reine em nosso corpo mortal, deixando-nos seduzir pelas paixões e oferecendo nossos membros como objeto de iniquidade, mas oferecendo-nos a Deus como instrumentos de justiça, já que o pecado não terá domínio sobre nós, tendo em vista que não estamos mais debaixo da lei, e sim da graça (Rm.6:11-14). Isto é crucificar o velho homem, como Paulo escreve aos Coríntios: E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas (2Co.5:17), sabendo isto: que foi crucificado com ele [Cristo] o nosso velho homem, para que o corpo do pecado seja desfeito, torne-se inoperante, e não sirvamos o pecado como escravos (Rm.6:6). É certo que uma guerra interior permanece no homem durante o processo de santificação, pois a carne milita contra o espírito, e o espírito contra a carne, porque são opostos entre si (Gl.5:17). Paulo dizia que o pecado que habitava nele o instigava a fazer o que não queria, pois na sua carne não habitava bem algum, e aquilo que ele queria fazer, não fazia. Era a luta do seu homem interior que tinha prazer na lei de Deus, isto é, da lei do seu entendimento espiritual, contra seus membros, que seguiam outra lei, a do pecado (Rm.7:15-25). Mas o homem espiritual há que prevalecer pela santificação do espírito! Quanto mais nos santificarmos e nos debruçarmos na Palavra, mais fortalecidos estaremos e mais submissa e inoperante será a carne do pecado. João escreveu no seu evangelho: a luz resplandece nas trevas, e as trevas não prevaleceram sobre ela (Jo.1:5). Dessa forma, as fortalezas do pecado vão sendo destruídas e substituídas por uma nova estrutura, com base nos valores do Espírito Santo. E estando crucificado com Cristo, possamos viver para Deus (Gl.2:19). Então, frutos como o amor, a longanimidade, a mansidão, a generosidade, o domínio próprio, a bondade, a fidelidade, a paz, começam a se estabelecer dentro de nós, estruturando uma nova criatura em Cristo.
A santificação nasce no coração de Deus, não do homem. Somente aqueles partidários do livre-arbítrio pensam o contrário, e creem que a santificação é obra do homem. Ora, Aquele que começou boa obra em vós há de completá-la até o Dia de Cristo Jesus (Fp.1:6). Assim, temos um único caminho a ser trilhado até alcançar o alvo, que é a vida eterna: a santificação. Paulo escreve aos Romanos: Agora, porém, libertados do pecado, transformados em servos de Deus, tendes o vosso fruto para a santificação e, por fim, a vida eterna (Rm.6:22). Isso significa que o trem da Nova Aliança parte da cruz de Cristo (onde a lei terminou seu trajeto, tendo em vista que o fim da lei é Cristo, Rm.10:4), na estação chamada Justificação. Ela tem à frente uma locomotiva impulsionada pela graça, e continua pelos trilhos das estações Santificação 1, Santificação 2, e segue indefinidamente, movida pelo combustível chamado fé até o alvo final, que é o céu, a estação da vida eterna! Esse é o Projeto! Essa deve ser a essência da vida de um justo! O inimigo fará qualquer coisa para desfocar nossas lentes! Se Deus requer que alcancemos a estação Santificação 15, 16 ou 54, não negligenciemos tão poderosa salvação (Hb.2:3)! Portanto, devemos atentar com mais diligência para as coisas que já temos ouvido, para que em tempo algum nos desviemos delas (Hb.2:1). Fica mais do que claro que a vontade de Deus para nossas vidas é a santificação, que saibamos possuir nossos próprios corpos em santificação em honra, pois este é o nosso chamado (1Ts.4:3-7). E no espírito de todo esse aprendizado, o autor da carta aos hebreus diz: Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor (Hb.12:14). O apóstolo Paulo escreve aos romanos: Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se, de fato, o Espírito de Deus habita em vós. E, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele. Se, porém, Cristo está em vós, o corpo, na verdade, está morto por causa do pecado, mas o espírito é vida, por causa da justiça. Se habita em vós o Espírito daquele que ressuscitou a Jesus dentre os mortos, esse mesmo que ressuscitou a Cristo Jesus dentre os mortos vivificará também o vosso corpo mortal, por meio do seu Espírito, que em vós habita. Assim, pois, irmãos, somos devedores, não à carne como se constrangidos a viver segundo a carne. Porque, se viverdes segundo a carne, caminhais para a morte; mas, se, pelo Espírito, mortificardes os feitos do corpo, certamente, vivereis (Rm.8:9-13). Assim, seguimos nos esquecendo das coisas que para trás ficam, caminhando para as que estão adiante, em santificação, de fé em fé, de glória em glória, nos desintoxicando do pecado através do único remédio que nos purifica e nos cura: a Palavra! E a Palavra é Cristo! Na oração intercessória, Jesus orou assim: Pai, santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade (Jo.17:17). Que outros meios estão disponíveis para aprendermos a caminhar em santificação? As Escrituras nos ensinam que a oração santifica, a fé, a adoração e a Verdade nos santificam. E a Palavra de Cristo é a Verdade!
Eu não estou aqui pra dizer o que você deve fazer ou deixar de fazer, com o dedo em riste, te acusar, fiscalizar tua vida ou te ameaçar, como se estivéssemos debaixo da lei! Em Efésios 4:22 a 5:10, encontramos um verdadeiro exemplo de manual para um vida de santificação: é estudar e praticar. Simples assim. Paulo estimula a nos despojarmos do velho homem, que se corrompe com as astúcias de Satanás. Ele diz que o nosso entendimento precisa ser renovado, nos revestindo do novo homem, criado segundo Deus em justiça, e retidão que tem origem na verdade, deixando de mentir e falando a verdade, pois ele enxergava o cenário de um Corpo espiritual! Ele não entendia como pessoas que pertencem ao mesmo organismo espiritual mentiam uns para com os outros! E ele continua: Irai-vos e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira, nem deis lugar ao diabo. Aquele que furtava não furte mais; não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, e sim unicamente a que for boa para edificação, conforme a necessidade, e, assim, transmita graça aos que ouvem. E não entristeçais o Espírito de Deus, no qual fostes selados para o dia da redenção. Longe de vós, toda amargura, e cólera, e ira, e gritaria, e blasfêmias, e bem assim toda malícia. Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus, em Cristo, vos perdoou. Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados; e andai em amor, como também Cristo nos amou e Se entregou a Si mesmo por nós, como oferta e sacrifício a Deus, em aroma suave. Mas a imoralidade, a indecência e toda sorte de impurezas ou cobiça nem sequer se nomeiem entre vós, como convém a santos; nem conversação torpe, nem palavras vãs ou chocarrices, coisas essas inconvenientes; antes, pelo contrário, ações de graças, sabendo que nenhum incontinente, ou impuro, ou avarento, que é idólatra, tem herança no reino de Cristo e de Deus. Ninguém vos engane com palavras vãs, pois, por essas coisas, vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência. Portanto, não sejais participantes com eles. Pois, outrora, éreis trevas, porém, agora, sois luz no Senhor; andai como filhos da luz (porque o fruto da luz consiste em toda bondade, justiça e verdade), provando sempre o que é agradável ao Senhor. Estamos na contramão do mundo!
Não temos outro caminho em graça, a não ser colaborar com o Espírito e procurar vivermos uma vida de renúncia, pois não foi sem propósito que Jesus, ao ser indagado por um homem, se seriam muitos os salvos, disse para que nos esforçássemos por entrar pela porta estreita, porque muitos procurarão entrar por ela e não poderão (Lc.13:24). O texto fala da surpresa de muitos que, clamando para que o Senhor abrisse a porta, ouviram que Ele não os conhece, mesmo tendo bebido e comido nas ruas em Sua presença. A parábola das dez virgens resume esse cenário. Estaremos entre as cinco que entrarão para participar das bodas ou seremos deixados do lado de fora, batendo desesperados para que ela se abra, e ouvindo da parte do Senhor que Ele não nos conhece? Sabendo que tal rejeição significa, nas Suas palavras, choro e ranger de dentes ao serem lançados fora (Lc.13:25-30). Não nos esqueçamos, jamais, que o preço pago pelo Senhor na cruz do Calvário foi baseado numa entrega total e renúncia de um Deus santo, que Se fez pecado por nós para que fôssemos feitos justiça de Deus! Deus estava em Cristo reconciliando o mundo consigo mesmo (2Co.5:19). Dessa forma, o que Ele não pode requerer de nós? Ele requer perfeição, sim! Não há compatibilidade espiritual num Corpo, onde a Cabeça é santa, e os demais membros deste mesmo Corpo não o sejam! A Palavra diz em Mateus 5:48: Portanto, sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste. Mas esta é uma perfeição a ser alcançada pela fé, com base no fato de que a graça não é licença para pecar, e que eu posso tropeçar, sim, fruto do tabernáculo que ainda vivemos, mas não voluntariamente, porque, se vivermos deliberadamente em pecado, depois de termos recebido o pleno conhecimento da verdade, já não resta sacrifício pelos pecados; pelo contrário, certa expectação horrível de juízo e fogo vingador prestes a consumir os adversários (Hb.10:26-27). Mas se o Espírito habita em nós e somos sensíveis à Sua voz, imediatamente após um tropeço virá o arrependimento, um constrangimento pelo Espírito Santo e um pedido sincero de perdão a Deus. E num piscar de olhos estaremos perdoados. Assim, com base na Palavra, continuaremos nossa caminhada. Não há legalismo ou espírito de religiosidade; não há o peso da lei nem acusações ou medo, mas naturalmente teremos o desejo de cumprir e obedecer a lei de Deus, pelo prazer de ver o sorriso de Cristo contemplando a face do Pai, dizendo: valeu a pena!
O rei Davi perguntou a Deus: Mas afinal, quem subirá ao céu ou quem habitará no tabernáculo do Senhor?
Aquele que anda em sinceridade, e pratica a justiça, e fala a verdade segundo o seu coração; aquele que não difama com a sua língua, nem faz mal ao seu próximo, nem aceita nenhuma afronta contra o seu próximo; aquele a cujos olhos o réprobo é desprezado; mas honra os que temem ao SENHOR; aquele que, mesmo que jure com dano seu, não muda. Aquele que não empresta o seu dinheiro com usura, nem recebe subornos contra o inocente; quem faz isto nunca será abalado (Sl.15). Pedro tinha os mesmos questionamentos de Davi: acrescentai à vossa fé a virtude, e à virtude, a ciência, e à ciência, a temperança, e à temperança, a paciência, e à paciência, a piedade, e à piedade, o amor fraternal, e ao amor fraternal, o amor. Porque, se em vós houver e aumentarem estas coisas, não vos deixarão ociosos nem estéreis no conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo. Pois aquele em quem não há estas coisas é cego, nada vendo ao longe, havendo-se esquecido da purificação dos seus antigos pecados. Portanto, irmãos, procurai fazer cada vez mais firme a vossa vocação e eleição; porque, fazendo isto, nunca jamais tropeçareis (2Pe.1:5-10).
Então me lembrei do texto da quarta visão de Zacarias (Zc.3:1-10), onde o sumo sacerdote Josué estava vestido de trajes sujos diante do anjo, e Satanás, à sua direita, o acusava, que é sua expertise. O anjo deu ordem para que as vestes de Josué fossem trocadas por trajes finos, mas disse: Se andares nos meus caminhos e observares os meus preceitos, também tu julgarás a minha casa e guardarás os meus átrios, e te darei livre acesso entre estes que aqui se encontram. Ali foi profetizada a vinda do Messias e Sua cruz! Uma pedra foi colocada diante de Josué! A pedra era Cristo! Sobre a pedra havia sete olhos, que são os sete espíritos de Deus, o Espírito Santo! Aliás, o Espírito Santo está sempre sobre Cristo! Ruach Adonai Alai - O Espírito do Senhor está sobre Mim (Is.61:1). O Espírito, descendo como pomba, pousou sobre Jesus quando Ele saiu das águas (Mt.3:16). Quando foi arrebatado, João viu no meio do trono e dos quatro seres viventes, entre os anciãos, em pé, um Cordeiro como havendo sido morto, que tinha sete chifres e sete olhos, que são os sete espíritos de Deus [o Espírito Santo], enviados por toda a terra (Ap.5:6). Era a Menorah sobre o Senhor!
Assim, olhei para as minhas próprias vestes. Eram brancas, mas havia certas manchas amareladas! Aconselharam-me a colocar Vanish, mas não adiantou muita coisa. Mandei para a lavanderia especializada em tirar manchas. Melhorou um pouco, mas não ficou com aquele branco, como as lavadeiras de antigamente quaravam à roupa, deixando-as expostas ao sol! Para esta última igreja, a de Laodiceia, o Senhor nos aconselha que Dele compremos vestes brancas para que possamos nos vestir, e não sejam manifestadas a vergonha da nossa nudez (Ap.3:18). Não adianta lavar as vestes! A carne para nada se aproveita, a não ser para ser lançada no fogo! As vestes brancas não podem ser lavadas, mas precisam ser substituídas por trajes finos! A carne é inconversível! Não se trata de Ismael transformado, mas a promessa estava em Isaque! Estando com trajes finos, precisaremos manter nossas vestes quaradas, deixando-as expostas ao Sol da Justiça! Não vamos atingir a perfeição em Cristo nesta vida, mas Deus quer saber até que ponto teu coração e o meu estão disponíveis para viver uma vida santa! A justificação é só o ponto de partida! Pode não ter sido para o ladrão da cruz ou para aqueles que no último suspiro entregaram suas almas a Cristo. Estes foram salvos como pelo fogo (1Co.3:15). Gente, ninguém vai entrar no céu à meia bomba, com vestes manchadas ou remendadas! Se não nos santificarmos, não veremos o Senhor! Não há muita teologia em cima disso! É sim, sim; não, não! E se não estivermos com o Senhor, onde passaremos a eternidade? Por onde têm caminhado e piscado nossos olhos? Por onde temos andado para que os sons do inferno encontrem eco em nossos ouvidos? Por onde têm vagueado nossos pensamentos, e que espécie de ninho se acomodou em nossas mentes, se temos a mente de Cristo? Temos? Que palavras ou ideias têm apascentado nossos espíritos? E que remédios temos buscado para sermos mais semelhantes a Cristo? Coaching executivo para cristãos ou a Palavra de Deus? Paulo roga pela compaixão de Deus, que apresentemos os nossos corpos como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o nosso culto racional, não nos conformando com os valores deste mundo, mas transformando nosso entendimento pela ação do Espírito, a fim de que experimentemos a boa, agradável e perfeita vontade de Deus (Rm.12:1-2).
Amados, o Senhor está voltando! Cristo fez a parte Dele na cruz, e o Espírito continua operando em nós! E qual deve ser nossa atitude? Permaneceremos nos trilhos das estações da santificação ou nos desviaremos por vertentes que podem nos levar à região dos lagos! E você sabe de qual lago estou me referindo!
Hoje eu entendo o texto de 2Pe.3:9, que diz que o Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; mas é longânimo para convosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se.
Sabem por que motivo o Senhor não voltou ainda? Por minha causa! Porque Ele me ama incondicionalmente e eu não estava preparado para ouvir o som da Sua trombeta! Ok, por tua causa também! Por causa de João, de Maria, Afonso, Celia, Jair e Melissa, Antônio e Adriane, meus filhos e os seus! Mas quando chegar Sucot, a festa de Tabernáculos, no fim da estação agrícola, os frutos terão que ser colhidos! O Senhor tem adiado a festa, porque quer colher mais frutos! Mas Ele tem um cronograma!
Sim, fiquei devendo a lista das práticas registradas na Bíblia por Paulo e João, que são abominações para o Senhor. Para fins didáticos, extrapolei Romanos 1:29-32, acrescentando os versículos de 1Coríntios 6:9; Gálatas 5:17-21; Efésios 4:24; Colossenses 3:7-9; 2Timóteo 3:1-5; Apocalipse 21:8 e 22:15 num único texto. É como se tivesse uma placa na porta do céu, escrito: PROIBIDA A ENTRADA DE: injustos, maliciosos, avarentos, invejosos, ciumentos, depravados, devassos, corruptos, homicidas, contenciosos, praticantes de dolo, difamadores, caluniadores, injuriadores, impiedosos, odiosos (os que odeiam a Deus), soberbos, prepotentes, arrogantes, orgulhosos, presunçosos, mentirosos, inventores de males, perniciosos, infiéis nos contratos, impuros, idólatras, adúlteros, homossexuais e lésbicas, ladrões, prostitutas e garotos de programa, lascivos, frequentadores de orgias, ladrões, sequestradores, feiticeiros, bêbados, usuários de drogas, maldizentes, os que guardam ressentimento e não perdoam, obscenos, mentirosos, egoístas, desobedientes aos pais, ingratos, profanos, irreverentes, abusivos, sedutores, traidores, inimigos do bem, covardes, despudorados, de mente impura, pérfidos, ímpios, incrédulos.... Não quer dizer que sejam somente estes. Diz que ESTES não entrarão!
A Palavra diz que estes sabiam que a morte seria a penalidade, mas mesmo assim, além de pecarem com prazer, também aplaudem os outros que pecam. Seu pecado alcançou um ponto tal, onde elas recebem satisfação pelo pecado alheio. Esta é uma lista básica. A Bíblia não fala explicitamente de pedófilos ou fofoqueiros; mundanos de um modo geral, manipuladores de toda espécie ou exploradores de humildes; cobiçosos ou fraudulentos, aqueles que dão falso testemunho, e que tais. Fato é que somente o Espírito Santo e a disposição daquele que foi justificado em agradar a Deus serão capazes de criar condições para que a roleta de entrada na Jerusalém Celestial não seja travada!
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