A Última Parashá (porção) de Gênesis
- Rubens Szczerbacki
- 25 de nov. de 2021
- 13 min de leitura

Essa parashá [VAYESHI (e viveu) – Gênesis 47:28 - 50:26] inicia-se com a informação do tempo que Jacó viveu no Egito (dezessete anos) e o tempo de sua vida (cento e quarenta e sete anos). Jacó suplicou a José que seus ossos não fossem deixados no Egito, e então José fez um juramento ao pai que ele seria enterrado junto de Abraão, Sara, Isaque, Rebeca e Lia. Raquel foi sepultada no caminho de Belém-Efrata. Jacó, então, adoece. José toma seus dois filhos, Manassés e Efraim, e possivelmente deve ter se surpreendido quando Jacó lhe diz que ambos eram filhos dele, filhos como Ruben e Simeão.
Quando Jacó viu as sombras dos dois filhos de José, pois pouco enxergava àquela altura, perguntou quem eram eles. E então José responde que eram os filhos que Deus os havia concedido no Egito. Jacó exulta, pois se antes viveu anos pensando em ter perdido José, agora contemplava sua descendência! Então José fez com que Efraim ficasse à esquerda de Jacó, e Manassés à sua direita, todavia Jacó estendeu sua mão direita sobre a cabeça de Efraim, e sua mão esquerda sobre a cabeça de Manassés, cruzando assim as mãos, mesmo sabendo que Manassés era o primogênito. Quando Jacó começou a profetizar sobre os rapazes, José se sentiu constrangido por causa da primogenitura de Manassés e procurou corrigir a ação de Jacó, mas este, guiado pelo Espírito, ratificou sua postura, e recusou a correção de José. Jacó sabia o que estava fazendo. Aquilo não era sem propósito. Jacó deixou claro que Efraim seria maior que Manassés, que sua descendência seria uma multidão de nações.
Agora precisamos parar para meditar um pouco na atitude de Jacó, cruzando os braços para abençoar Efraim e Manassés de forma inusitada. Comparemos as listas bíblicas que trazem os nomes das tribos, dos doze filhos de Jacó. Em 1 Crônicas 2:1-2, lemos: Estes são os filhos de Israel: Ruben, Simeão, Levi, Judá, Issacar e Zebulom; Dã, José e Benjamim, Naftali, Gade e Aser. Em Apocalipse 7:4-8, encontramos: Então ouvi o número dos que foram selados: cento e quarenta e quatro mil, de todas as tribos de Israel. Da tribo de Judá foram selados doze mil, da tribo de Ruben, doze mil, da tribo de Gade, doze mil, da tribo de Aser, doze mil, da tribo de Naftali, doze mil, da tribo de Manassés, doze mil, da tribo de Simeão, doze mil, da tribo de Levi, doze mil, da tribo de Issacar, doze mil, da tribo de Zebulom, doze mil, da tribo de José, doze mil, da tribo de Benjamim, doze mil. Qual a diferença entre estas duas listas? Na lista de Apocalipse não consta a tribo de Dã, e sim, de Manassés. Mas, se consta Manassés, por que não constaria Efraim? Quando percebemos o movimento profético dos braços de José, cruzando a atestando a ordem de Jacó, estava sendo ali selado que Efraim, o menor, seria maior que Manassés.
Ora, os 144 mil israelitas que aparecem em Apocalipse 7:1-8 e 14:1-5 são selados para ministrarem salvação depois que a Igreja for arrebatada. Quando Jacó cruza seus braços, o desenho da cruz se forma! José é tipo evidente de Jesus, assim como Moisés e Davi, como Mordechai, em Ester ou Boaz no livro de Rute. Falando em termos proféticos Jacó, que aponta para Deus-Pai, está abençoando Manassés e Efraim através de José, que prefigura Cristo! Assim, por que os braços foram trocados? Porque Efraim representa a Igreja e nasceu depois de Manassés. Este era o primogênito! Aquele aponta para o filho por adoção (Rm.8:15). Manassés simboliza Israel. Israel é meu filho, meu primogênito (Êx.4:22), mas o menor do reino dos céus é maior que o maior da lei (Mt.11:11-15)! A Igreja é mais nobre que Israel! A graça é mais sublime que a lei! Manassés significa esquecimento. Mas pode uma mulher esquecer-se do filho que ainda mama, de sorte que não se compadeça do filho do seu ventre (Is.49:15)? Este é Jacó! Este é Israel, o filho primogênito!
Assim podemos concluir que, simbolizando a Igreja, Efraim não poderia fazer parte da lista de Apocalipse! Isso testifica, dentre tantos outros testemunhos bíblicos, que a Igreja não passará pela Grande Tribulação (Ap.7:14), mas Israel viverá a Angústia de Jacó (Jr.30:7).
Não é o assunto aqui, mas para não ficar devendo explicação, a lista de Apocalipse exclui o nome de Dã. Dã aponta para uma víbora venenosa! A imagem que Davi nos passa do calcanhar ferido, alude ao veneno que entranhou a mente e o coração de Judas Iscariotes, e que o levou a trair o Senhor (Até o meu próprio amigo íntimo em quem eu tanto confiava, e que comia do meu pão, levantou contra mim o seu calcanhar, Sl.41:9). E como profetizou Jacó, Dã será uma serpente à beira da estrada, uma víbora à margem do caminho, que morde o calcanhar do cavalo e faz cair de costas o seu cavaleiro (Gn.49:17). Judas enforcou-se! Não faz mais parte da lista!
Assim, Jacó chama seus filhos para anunciar-lhes o que haveria de acontecer com cada um no futuro. Quero meditar um pouco sobre dois deles: Judá e José.
JUDÁ – A TRIBO DE JESUS
Judá, a ti te louvarão teus irmãos; a tua mão será sobre o pescoço de teus inimigos: diante de ti se prostrarão os filhos de teu pai. Judá é um leãozinho. Subiste da presa, meu filho. Ele se encurva e se deita como um leão, e como uma leoa; quem o despertará? O cetro não se arredará de Judá, nem o bastão de autoridade dentre seus pés, até que venha aquele a quem pertence; e a ele obedecerão os povos. Atando ele o seu jumentinho à vide, e o filho da sua jumenta à videira seleta, lava as suas roupas em vinho e a sua vestidura em sangue de uvas. Os olhos serão escurecidos pelo vinho, e os dentes brancos de leite (Gn.49:8-12).
Judá (hb. Yehudah) era o quarto filho de Jacó e Lia. Seu nome significa glorificado, exaltado ou louvado. A expressão Ya hu Dah era uma expressão de gratidão a Deus. Não se sabe muito sobre ele. Quando os irmãos decidiram dar fim a José, Judá recusou-se a participar do assassinato de alguém do seu próprio sangue, sugerindo que o vendessem aos mercadores ismaelitas.
Certa vez, Judá conheceu a filha de um cananeu chamado Sua, e casou-se com ela. Teve três filhos: o primeiro chamou-se Er, que foi morto pelo Senhor. Sua esposa, Tamar, foi dada a seu irmão Onã, que recusou ter filhos com ela, e também foi morto pelo Senhor. Ao invés de entregá-la ao terceiro filho, Judá devolveu Tamar ao pai, estimulando que vivesse uma vida como viúva. Passado algum tempo, a esposa de Judá morreu e ele foi visitar mais uma vez seu amigo Hira. Tamar resolve se vingar de Judá, seduzindo-o sem que ele soubesse de quem se tratava, e dele engravidou. Então, quando soube de toda história, Judá reconheceu que não fizera justiça com Tamar: por ser viúva, Judá levou-a para morar com ele e cuidou dela. Tamar teve gêmeos com Judá: Perez e Zerá (Gn.38:1-30; 46:12; Mt.1:2-3). Depois Judá aparece novamente em cena quando os irmãos viajam segunda vez ao Egito, a fim de comprar alimentos, durante a fome que assolava as nações naquela época. Ele lembrou a Jacó que o homem que mandava no Egito havia dito que não os receberia se Benjamim não fosse junto (Gn.43:5). Eles não sabiam tratar-se de José, ansioso para ver o irmão. Então Judá promete ao pai que ele seria fiador por Benjamim. Finalmente, José se identifica aos irmãos, e traz todos eles, inclusive Jacó, para viver no Egito.
Davi era descendente de Judá, e desta tribo viria Jesus. Assim, o cetro seria estabelecido para sempre entre os descendentes de Judá (Lc.3:33).
A profecia de Jacó a respeito de Judá é extensa: (1) [Judá, a ti te louvarão teus irmãos] . . . [diante de ti se prostrarão os filhos de teu pai]. O Senhor revelou Jesus em Judá! Afinal, mesmo sendo Senhor, somos herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo (Rm.8:17-a). Em Hebreus 2:11 lemos que tanto o que santifica quanto os que são santificados provêm de um só. Por isso Jesus não se envergonha de chamá-los irmãos. Mesmo irmãos, Ele é o Senhor! E sendo Senhor, Judá (Jesus) será louvado! (2) [a tua mão será sobre o pescoço de teus inimigos]. É certo que estamos pensando em inimigos espirituais, em potestades e principados, na carne com suas paixões e concupiscências, na amizade do mundo, na incredulidade, na idolatria, na avareza, nas obras da carne de um modo extenso, na ignorância espiritual, na morte, no pecado e em tantos outros inimigos. Seja como for, na cruz, todos estes inimigos foram completamente derrotados. (3) [Judá é um leãozinho] . . . [Ele se encurva e se deita como um leão, e como uma leoa; quem o despertará?]. Eis o Leão da Tribo de Judá, de Apocalipse 5:5, representação máxima do Messias de Israel, que fala sobre sua força e ferocidade, que serão vistos de maneira fantástica no Dia do Senhor! Forte como um leão novo, mas estabelecido desde a eternidade! Todos conhecemos a postura de um leão que conhece sua autoridade, que se deita como quem diz: não tente me despertar! C.S.Lewis em As Crônicas de Nárnia, um mescla de romance e fantasia, clássico da literatura, captou como poucos o espírito deste leão! (4) [Subiste da presa, meu filho]. Ora, isto -ele subiu- que é, senão que também desceu às partes mais baixas da terra? Aquele que desceu é também o mesmo que subiu muito acima de todos os céus, para cumprir todas as coisas (Ef.4:9-10). (5) [O cetro não se arredará de Judá, nem o bastão de autoridade dentre seus pés, até que venha aquele a quem pertence; e a ele obedecerão os povos.]. A semente de Judá alcançaria proeminência a nível nacional, que incluiria Davi, Salomão e sua dinastia, e seria aquela a quem pertence o cetro, ou seja, Siló (hb. Shilo), a chave escondida do Messias! O cetro é um bastão de autoridade real! Como numa corrida de revezamento em uma olimpíada, onde o bastão é passado de atleta para atleta, aqui o cetro pertence a Jesus. A este, os povos obedecerão (E acontecerá que, todos os que restarem de todas as nações que vieram contra Jerusalém, subirão de ano em ano para adorar o Rei, o Senhor dos Exércitos, e para celebrarem a festa dos tabernáculos, Zc.14:16). (6) [Atando ele o seu jumentinho à vide, e o filho da sua jumenta à videira seleta, lava as suas roupas em vinho e a sua vestidura em sangue de uvas]. Impossível não lincarmos este texto à narrativa de Zacarias 9:9 (Alegra-te muito, ó filha de Sião; exulta, ó filha de Jerusalém; eis que o teu rei virá a ti, justo e Salvador, pobre, e montado sobre um jumento, e sobre um jumentinho, filho de jumenta). Em Isaías 63:1-6, encontramos uma passagem que alude às vestiduras tintas de sangue.
Quem é este, que vem de Edom, de Bozra, com vestes tintas; este que é glorioso em sua vestidura, que marcha com a sua grande força? Eu, que falo em justiça, poderoso para salvar. Por que está vermelha a tua vestidura, e as tuas roupas como as daquele que pisa no lagar? Eu sozinho pisei no lagar, e dos povos ninguém houve comigo; e os pisei na minha ira, e os esmaguei no meu furor; e o seu sangue salpicou as minhas vestes, e manchei toda a minha vestidura. Porque o dia da vingança estava no meu coração; e o ano dos meus remidos é chegado. E olhei, e não havia quem me ajudasse; e admirei-me de não haver quem me sustivesse, por isso o meu braço me trouxe a salvação, e o meu furor me susteve. E atropelei os povos na minha ira, e os embriaguei no meu furor; e a sua força derrubei por terra.
Bozra era a capital de Edom naquele tempo, mas aqui simboliza fortaleza, o mundo que odeia a Deus! Certamente este é Cristo Jesus, cheio de glória e justiça, poderoso para salvar. E então alguém pergunta o motivo de suas vestes estarem cheias de respingo de uvas como as vestes daquele que pisa o lagar. Ele diz que sozinho pisou no lagar, e então não podemos perder o foco de que ele está se referindo ao lagar da cruz! Ali, suas vestes estavam manchadas de sangue. O dia de sua vingança é chegado, à semelhança do texto de Isaías 61:1-2 (O Espírito do Senhor Deus está sobre mim, porque o Senhor me ungiu para pregar boas-novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos, e a abertura de prisão aos presos; a apregoar o ano aceitável do Senhor e o dia da vingança do nosso Deus; a consolar todos os tristes). E então a passagem nos remete à narrativa de Apocalipse 19:13-15, que diz: Estava vestido de um manto salpicado de sangue; e o nome pelo qual se chama é o Verbo de Deus. Seguiam-no os exércitos que estão no céu, em cavalos brancos, e vestidos de linho fino, branco e puro. Da sua boca saía uma espada afiada, para ferir com ela as nações; ele as regerá com vara de ferro; e ele mesmo é o que pisa o lagar do vinho do furor da ira do Deus Todo-Poderoso.
O que mais seria necessário aos judeus para mostrar que Yeshua é Hamashiach? (6) [Os olhos serão escurecidos pelo vinho, e os dentes brancos de leite]. Quando o sangue escorre pelos olhos, a parte branca do olho fica completamente vermelha! O sangue não tem para onde ir e se espalha pelos olhos! Este é um retrato dramático da cruz de Cristo! Em compensação, Sua alegria por fazer a vontade do Pai e Sua vitória são motivos de um sorriso intenso, cujos dentes mostram tons mais alvos que a neve!
JOSÉ – UM TIPO DE JESUS
José é um ramo frutífero, ramo frutífero junto a uma fonte; seus raminhos se estendem sobre o muro. Os flecheiros lhe deram amargura, e o flecharam e perseguiram, mas o seu arco permaneceu firme, e os seus braços foram fortalecidos pelas mãos do Poderoso de Jacó, o Pastor, o Rochedo de Israel, pelo Deus de teu pai, o qual te ajudará, e pelo Todo-Poderoso, o qual te abençoara, com bênçãos dos céus em cima, com bênçãos do abismo que jaz embaixo, com bênçãos dos seios e da madre. As bênçãos de teu pai excedem as bênçãos dos montes eternos, as coisas desejadas dos eternos outeiros; sejam elas sobre a cabeça de José, e sobre o alto da cabeça daquele que foi separado de seus irmãos (Gn.49:22-26).
Do hebraico Yosef, José significa Deus acrescentará. Todos sabem que José é protagonista daquela que talvez seja a história mais emocionante em toda a Bíblia: o relato de José e de seus irmãos no Egito. Essa narrativa ocupa os capítulos de 37 a 48 de Gênesis.
Assim como a profecia de Jacó para Judá, a instrução para José também é ampla. De todos os tipos de Jesus no Antigo Testamento, nenhum tem tantos paralelos como José! José apascentava rebanhos – Jesus é o bom pastor; os irmãos de José despiram-no de sua túnica – Jesus foi despojado de Suas vestes e coberto com um manto escarlate; houve uma conspiração dos irmãos de José para matá-lo – deliberaram prender Jesus, à traição e matá-lo; José foi vendido por 20 siclos de prata – Jesus foi traído por 30 moedas de prata; José foi lançado numa cova – Jesus foi depositado num sepulcro; quando Ruben voltou à cisterna, José não mais estava ali – ao entrarem no sepulcro, não acharam o corpo de Jesus; José não cedeu à tentação de deitar-se com a mulher de Potifar – Jesus não cedeu à tentação do diabo; ambos foram acusados injustamente por falarem verdade; José fez o copeiro-mor voltar ao seu ofício, mas o padeiro-chefe foi enforcado – foram crucificados com Jesus dois ladrões: um recebeu a promessa de estar com Jesus no paraíso, enquanto o outro, certamente foi condenado; os irmãos de José se ajoelharam diante dele – todo joelho se dobrará diante de Jesus; José tinha trinta anos quando se apresentou a Faraó – Jesus tinha cerca de trinta anos quando iniciou Seu ministério; José vendia o trigo a todo povo da terra – Jesus é o pão da vida; José disse aos irmãos: paz seja convosco, não temais – Jesus, pôs-se no meio e disse-lhes: Paz seja convosco! Enfim, são apenas alguns exemplos desta tipologia tão evidenciada na semelhança entre eles!
(1)[José é um ramo frutífero, ramo frutífero junto a uma fonte; seus raminhos se estendem sobre o muro]. Assim, a primeira parte da profecia de Jacó para José alude a um ramo frutífero. Isso nos remete ao renovo, descrito em Isaías 11:1. Então brotará um rebento do toco de Jessé, e das suas raízes um renovo frutificará. Anos depois Jeremias ratifica a palavra profética de Isaías e acrescenta: Eis que vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo; e, sendo rei, reinará e procederá sabiamente, executando o juízo e a justiça na terra. Nos seus dias Judá será salvo, e Israel habitará seguro; e este é o nome de que será chamado: O SENHOR JUSTIÇA NOSSA (Jr.23:5-6). E se esses dois versículos ainda nos deixassem hesitando sobre a identidade do Renovo, o registro de Zacarias 6:12-13 sanaria qualquer dúvida: e fala-lhe, dizendo: Assim diz o Senhor dos exércitos: Eis aqui o homem cujo nome é Renovo; ele brotará do seu lugar, e edificará o templo do Senhor. Ele mesmo edificará o templo do Senhor; receberá a honra real, assentar-se-á no seu trono, e dominará. E Josué, o sacerdote, ficará à sua direita; e haverá entre os dois o conselho de paz (Zc.6:12-13). Em suma, estamos falando de Jesus Cristo! (2) [Os flecheiros lhe deram amargura, e o flecharam e perseguiram, mas o seu arco permaneceu firme, e os seus braços foram fortalecidos pelas mãos do Poderoso de Jacó, o Pastor, o Rochedo de Israel, pelo Deus de teu pai, o qual te ajudará, e pelo Todo-Poderoso, o qual te abençoara, com bênçãos dos céus em cima, com bênçãos do abismo que jaz embaixo, com bênçãos dos seios e da madre]. Meu foco não está no caráter literal do texto, o que poderia ser até extensível a Efraim e Manassés, mas em Yeshua! E penso que os versículos de Gênesis 49:23-24 aludem à cruz de Cristo. Os flecheiros simbolizam aqueles que rejeitaram e ainda rejeitam o evangelho, a amargura fala de Sua tristeza por essa rejeição, todavia Seu arco permaneceu firme! Isso é símbolo de poder! O que dizer quanto aos Seus braços terem sido fortalecidos, enquanto homem na terra, a fim de cumprir o propósito estabelecido desde a eternidade passada pelo Todo-Poderoso, o Deus de Jacó, a Rocha de Israel! (3) [As bênçãos de teu pai excedem as bênçãos dos montes eternos, as coisas desejadas dos eternos outeiros; sejam elas sobre a cabeça de José, e sobre o alto da cabeça daquele que foi separado de seus irmãos]. Jesus é o abençoador, a fonte de todas as bênçãos, o meu pastor, e nada me faltará!
Então Jacó morreu e seus ossos foram levados para a caverna do campo de Macpela, que Abraão comprara a Efrom, o heteu, fronteiro a Manre.
Assim direis a José: Perdoa a transgressão de teus irmãos, e o seu pecado, porque te fizeram mal. Agora, pois, rogamos-te que perdoes a transgressão dos servos do Deus de teu pai. E José chorou quando eles lhe falavam. Depois vieram também seus irmãos, prostraram-se diante dele e disseram: Eis que nós somos teus servos. Respondeu-lhes José: Não temais; acaso estou eu em lugar de Deus? (Gn.50:17-19)
E então Bereshit termina com a morte de José!
Depois disse José a seus irmãos: Eu morro; mas Deus certamente vos visitará, e vos fará subir desta terra para a terra que jurou a Abraão, a Isaque e a Jacó (Gn.50:24).
Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito; vou preparar-vos lugar. E, se eu for e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos tomarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também (Jo.14:1-3).
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