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Santos ou Pecadores?

  • Foto do escritor: Rubens Szczerbacki
    Rubens Szczerbacki
  • 14 de jun. de 2021
  • 25 min de leitura

Atualizado: 14 de jun. de 2021

Santo ou pecador? Cada vez que medito sobre a minha nova condição espiritual depois que fui alcançado pelo Senhor, minha mente de engenheiro remete a manutenções preventivas e corretivas em grandes obras de engenharia, quando cabos de energia de bitolas grandes e variadas precisam ser trocados periodicamente, seja por desgaste natural ou porque estão subdimensionados para novas demandas, assim como painéis de energia, disjuntores e outros dispositivos. Ocorre que muitas vezes a estrutura existente é tão difícil de ser substituída, que às vezes a melhor opção para os técnicos e engenheiros é desconectá-los e deixá-los no estado que se encontram, como se ali fora seu próprio cemitério, e então, executar o novo projeto, instalando e conectando os novos por cima daqueles antigos!

Não é o nosso novo nascimento assim? A nova natureza nos é conectada pela cruz de Cristo! Isso não impede que às vezes um cabo novo encoste em algum elemento metálico desprotegido e provoque um curto-circuito ou pequenas centelhas, que não deveriam mais fazer grandes estragos, pois o novo projeto já está em operação! Mas a equipe de manutenção precisa estar atenta, preparada, conhecedora dos manuais disponíveis – a Palavra! Os novos cabos estão ligados ao novo painel elétrico, que aponta para Cristo e Sua graça! Agora o sistema está dimensionado corretamente! É outro projeto! Outra dispensação! O Espírito Santo monitora nossos painéis, e se precisar soar o alarme, Ele vai soar (se, de fato, o Espírito de Deus habita em nós).


Ou seja, não estamos definitivamente livres de tropeços! Mas se isso acontece, o alarme soa, o plantão é acionado e verificamos o que ocorreu. Houve negligência ou falta de manutenção preditiva? Seja como for, os técnicos vão regular uma coisa aqui, outra ali, e a energia será acionada novamente! Não deveremos ter um apagão por muito tempo! Estamos em Cristo! O pecado não pode mais prevalecer, se é que os técnicos são treinados e dominam o manual de manutenção, bem como mantêm um estoque de peças sobressalentes!


O novo projeto aponta para a natureza divina em nós, no que diz respeito aos Seus atributos comunicáveis: amor, fidelidade, bondade, generosidade, longanimidade e tal. Somos nascidos de novo, nascidos do alto, somos morada do Espírito e nos tornamos filhos de Deus, mas não somos pequenos deuses andando sobre a terra, e sim, novas criaturas! Quando 2 Pedro 1:4 diz que Deus nos tem dado grandíssimas e preciosas promessas, para que por ela nos tornemos participantes da natureza divina, o foco aponta, essencialmente, para a vida eterna.


Como disse acima, se nos desviamos, o alarme deve dar o ar da graça! E se não soar? O Espírito se extinguiu? E se não soubermos como manusear o manual? E se não estivermos devidamente treinados nem soubermos onde fica a chave que abre a sala dos sobressalentes? Nesse caso, o pecado prevalecerá e reinará! Ou a usina deixará de fornecer a energia para a qual foi projetada?


Paulo diz que a lei é espiritual, mas ele é carnal, vendido como escravo ao pecado (Rm.7:14). O que faz não entende, o que quer fazer não faz, mas o que não quer fazer, isso faz. E se ele faz o que não quer, acaba pecando, o que significa consentir com a lei, que é boa e espiritual. E daí ele se divide num homem interior e num homem carnal, quando ele faz o que não quer e não faz o que gostaria de fazer; na realidade, ele afirma, não é ele, mas o pecado que nele habita, pois ele sabe que na sua carne não habita bem algum. Ele tem vontade de fazer o bem, mas não consegue por causa da fraqueza da carne! Então ele se depara com a lei do pecado e da morte, a lei que o impede de fazer o bem, enquanto, por outro lado, o homem interior tem prazer na lei de Deus! Ele tem consciência de que o mal está nele, na carne, e vê outra lei nos seus membros (Rm.7:23), batalhando contra a lei do seu entendimento, que o prende debaixo da lei do pecado que está nos seus membros. É a lei do pecado e da morte, do homem exterior, da carne, lutando contra a lei do Espírito de vida, do homem interior, do espírito! Então, sem grandes teologias de suporte, Paulo faz referência a duas leis que regem o cristão: a lei do pecado e da morte e a lei do Espírito de Vida (Porque a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, te livrou da lei do pecado e da morte – Rm.8:2). Isso não se refere à santificação, mas à segurança do cristão. A lei do Espírito de vida é o evangelho, a lei do Espírito de Deus que nos trouxe vida, a lei da fé, o ministério do Espírito.

E ele se sente miserável sem a cruz de Cristo, único meio de se livrar do corpo daquela morte! Paulo usa a ideia de lei, no sentido de um conjunto de preceitos e mandamentos, quando fala da lei do pecado e da morte, mas penso que a mensagem é para contrastar algo que nos condenava com algo que agora nos livra da condenação e nos reconcilia com Deus. Certamente foi o evangelho que nos libertou da lei (de Moisés) e de sua maldição, e foi a mensagem da vida no Espírito que nos libertou da escravidão do pecado e da morte. Então ele se reconecta à realidade humana quando assume que existem duas leis dentro dele, uma lutando contra a outra: com o entendimento, serve a lei de Deus; com a carne, à lei do pecado! Afinal, somos santos ou pecadores? A resposta poderia ser: santos, quanto ao homem espiritual; [potencialmente] pecadores, quanto ao homem exterior! Não vejo qualquer incoerência bíblica ou teológica aqui! Mas por que isso parece contradizer Romanos 8:1-2 (Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus. Porque a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, te livrou da lei do pecado e da morte.)?


A questão é se recebemos uma nova natureza para que prevaleça sobre a existente, ou se houve uma troca! Eu penso que não houve uma alteração quando Cristo tornou inoperante o pecado na cruz e, sim, o velho homem foi crucificado para que o corpo do pecado se tornasse inativo, a fim de não servirmos mais ao pecado (Rm.6:6). Não houve uma mudança de naturezas quando o Senhor ressuscitou, mas o homem espiritual renascido em Cristo recebeu uma nova lei para ser dirigido pelo Espírito! Não foi sem propósito que escrevi Romanos 6:6, de forma diferente das versões tradicionais.

[. . .] sabendo isto: que foi crucificado com ele o nosso velho homem, para que o corpo do pecado seja [para que não sirvamos mais ao pecado]destruído [katargeo – tornar inoperante, inativo, ineficaz, anulado] e não sirvamos o pecado como escravos. Existente, sim, mas sem ação que nos leve à morte! Já que Cristo katargeo o corpo do pecado, consideremo-nos como mortos para o pecado, assumindo que estamos mortos para ele! Agora podemos fazer isso, mas antes não! Antes, estávamos literalmente mortos pelo pecado, pois na carne não habita bem algum (Rm.7:18). Não havia uma nova lei nem um novo homem que pudesse recepcioná-la! A lei do pecado e da morte era a única que regia o homem sem Cristo. Vindo a lei do Espírito de vida, a lei do pecado e da morte foi subjugada, abolida, removida, mas não rasgada! Está numa pasta de arquivo morto, que ainda não foi deletada!

Antes de prosseguir, precisamos entender a tradução correta de dois versículos: Romanos 6:6 e Hebreus 9:26. A maioria das versões traz o seguinte:

[. . .] sabendo isto: que foi crucificado com ele o nosso velho homem, para que o corpo do pecado seja destruído [katargeo], e não sirvamos o pecado como escravos (Rm.6:6).


Ora, neste caso, seria necessário que ele tivesse sofrido muitas vezes desde a fundação do mundo; agora, porém, ao se cumprirem os tempos, se manifestou uma vez por todas, para aniquilar [athetesis], pelo sacrifício de si mesmo, o pecado (Hb.9:26).


A Bible Lessons International traz o seguinte comentário sobre o original grego katargeo: katargeo era uma das palavras favoritas de Paulo. Ele a usou pelo menos 25 vezes, mas tem uma extensão semântica muito vasta. (A) Sua raiz etimológica básica é de argos, que significa: (1) inativo; (2) ocioso; (3) inutilizável; (4) inútil; (5) inoperante. (B) Composto com kata, era usado para expressar: (1) inatividade; (2) inutilidade; (3) aquilo que foi cancelado; (4) aquilo que foi abolido; (5) aquilo que era completamente inoperante. (C) Foi usado uma vez em Lucas para descrever uma árvore infrutífera, portanto inútil (Lc.13:7). Esta palavra é traduzida de muitas maneiras diferentes, mas seu significado principal é tornar algo inútil, nulo, inoperante, privado de força, inativo, ineficaz. Fazer algo cessar, ser posto de lado, ser afastado, ser separado de alguém, mas não necessariamente deixado de existir, destruído ou aniquilado. A questão é que na língua portuguesa a expressão aniquilar significa matar, destruir, deixar de existir. Em Hb.2:14, lemos: Visto, pois, que os filhos têm participação comum de carne e sangue, destes também ele, igualmente, participou, para que, por sua morte, destruísse [katargeo] aquele que tem o poder da morte, a saber, o diabo. Por acaso, o diabo deixou de existir, deixou de atuar? Não está ele vivo e ativo neste planeta?

Athetesis, em Hebreus 9:26, segue um caminho análogo. Significa abolir, anular, remover, rejeitar. A princesa Isabel assinou a Lei Áurea, abolindo a escravatura no Brasil em 1888. Abolir significa revogar, fazer cessar, anistiar, anular. Você pode abolir o cigarro de sua vida, e anos depois, voltar a fumar. Vai depender de você! Athetesis significa afastar alguém ou alguma coisa de você. Você pode se afastar de uma má companhia, mas tempos depois voltar a ter algum tipo de relação com aquela pessoa. Ela não morreu! Pelo contrário, pode ter ficado esse tempo todo tentando reatar com você! Isso, porque estava viva! Cabia a você tomar uma decisão firme, pelo seu livre-arbítrio, e dizer para aquela pessoa que não mais a procurasse! Athetesis também significa remover. Alguém pode ter um tumor que pode desaparecer por um tratamento quimioterápico. Mas você e eu sabemos o que é uma recidiva!

Assim, nem katargeo, de Romanos 6:6, nem athetesis, de Hebreus 9:26, traduzem algo de caráter definitivo como entendemos nas expressões exterminar, destruir completamente, eliminar, aniquilar, reduzir a nada ou devastar para sempre. Isso muda todo o entendimento de Romanos 6:6. E então tomo a versão da NVT (Nova Versão Transformadora), que traduz estes dois versículos da seguinte forma:

Sabemos que nossa velha natureza humana foi crucificada com Cristo, para que o pecado não tivesse mais poder sobre nossa vida e dele deixássemos de ser escravos (Rm.6:6).

Se fosse assim, ele precisaria ter morrido muitas vezes, desde o princípio do mundo. Mas agora, no fim dos tempos, ele apareceu uma vez por todas para remover o pecado mediante sua própria morte em sacrifício (Hb.9:26).

Não tivesse mais poder tem uma conotação bem distinta de seja destruído, pois você pode estar sem poder, mas não ter sido, necessariamente, destruído ou aniquilado!

A Bíblia A Linguagem, em linguagem contemporânea, traz o seguinte comentário: Nosso velho modo de viver foi pregado na cruz com Cristo, um fim decisivo para aquela vida miserável de pecado. Não estamos mais à mercê do convite do pecado! Cremos que, se estamos incluídos na morte de Cristo, que venceu o pecado, estamos incluídos também em sua ressurreição, que nos traz vida. Sabemos que, quando Jesus foi levantado dos mortos, isso foi um sinal de que a morte não seria mais o destino final. Nunca mais ela terá a última palavra. Quando Jesus morreu, ele levou o pecado consigo. Agora vivo, ele traz Deus a nós. De agora em diante, devemos pensar assim: o pecado fala uma língua morta que nada significa para nós; Deus fala a nossa língua materna, e entendemos cada palavra. Vocês estão mortos para o pecado e vivos para Deus. Foi o que Jesus fez.

O pecado fala uma língua morta que nada significa, mas ainda fala! Não deverá ter mais qualquer influência, mas ainda fala!

O texto de 2Co.5:17 (Portanto, se alguém está em Cristo, é nova criação; as coisas antigas já passaram; eis que surgiram coisas novas - NVI), ensina que aquele que está em Cristo tem experimentado o novo nascimento como parte da nova criação! A referência não é individual, mas se refere a toda igreja, i.e., todos os cristãos são parte da nova criação, e é por isso que podem ser vistos como novas criaturas. Os rabinos usavam a expressão nova criatura para descrever aqueles cujos pecados foram perdoados. Não há aqui a ideia de mudança do passado da pessoa, mas sim, mudança da posição em relação a Deus e ao mundo [Chave linguística do Novo Testamento Grego, F.Rienecker; C.Rogers].


Por que esse assunto tem me chamado tanto a atenção? Porque me impressiona o sacrifício horrendo e absurdo que Cristo sofreu na cruz a fim de nos conceder, por amor e graça, uma oportunidade única de vivermos uma vida de acordo com os preceitos santos do Pai, e migrarmos para eternidade junto Dele, em contraste com a negligência com que muitos têm vivido suas vidas cristãs e descansando no colo da graça! Tenho visto a prevalência de Laodiceia nestes últimos dias, aliás, como era de se esperar: mornos sendo vomitados; espiritualmente pobres, sem visão espiritual, sem vestiduras santas, miseráveis e dignos de compaixão. Pois é, examine-se o homem a si mesmo! O Senhor repreende e disciplina a quem ama (Ap.3:19)! Qual é o Seu conselho, em graça, para Laodiceia? Aconselho-te que de mim compres ouro refinado pelo fogo para te enriqueceres, vestiduras brancas para te vestires, a fim de que não seja manifesta a vergonha da tua nudez, e colírio para ungires os olhos, a fim de que vejas (Ap.3:18). Na ressurreição de Cristo nos tornamos participantes da natureza divina (2Pe.1:4)! Isso é a graça! Vamos continuar no cenário de Laodiceia: O Senhor não se dirige aos ímpios, mas a uma igreja autossuficiente, que arrogava não precisar de mais nada, pois achava-se rica (não sei se de riquezas materiais ou espirituais, ou ambas). E o Senhor diz sem meias palavras ao anjo da igreja, que Laodiceia era pobre, cega, coitada, miserável e nua! Ele não diz: tenham paz com Deus por meu intermédio, pois sois justificados pela fé! Não se preocupem com vossa salvação, pois nenhuma condenação há para os que estão em mim, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito! Mas, pelo visto, tinha gente em Laodiceia que andava segundo a carne e, para estes, o Senhor diz: Eu repreendo e castigo a todos quantos amo; sê, pois, zeloso e arrepende-te. Era uma palavra de repreensão sobre aqueles que estavam sob o amor incondicional de Cristo, pois Ele avisou que estava às portas! Assim, se o Espírito habitava naqueles, certamente ouviriam o que o Espírito recomendava (Quem tem ouvidos, ouça). Como devemos entender vestes brancas, para que te vistas, e não apareça a vergonha da tua nudez, se não como uma exortação à santificação? Os membros da igreja de Laodiceia não deveriam negligenciar e demorar a mudar de comportamento, pois o Senhor disse que estava às portas! Era isso ou viver a eternidade sem se assentar com Ele no Seu trono (Ap.3:21)! Mas, como puderam deixar prevalecer a lei do pecado e da morte, se Cristo destruiu o corpo do pecado para não mais servirmos ao pecado?

Nascemos da água e do Espírito (Jo.3:3-8)! Quando estávamos na cruz com Cristo, sendo batizados com Ele na Sua morte, éramos corpo e alma! Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores (Rm.5:8). A natureza que Cristo levou sobre a cruz era a do pecado e da morte! O nosso homem espiritual estava morto desde o pecado de Adão! Uma vez renascidos, recebemos os atributos comunicáveis de Deus e uma nova lei espiritual para dirigir o novo homem. E renascidos, à semelhança da Sua ressurreição, podemos nos considerar [pela fé] mortos para o pecado, mas vivos para Deus em Cristo, pois o nosso velho homem foi crucificado com Cristo para que o corpo do pecado se tornasse inativo, inoperante, privado de força! O homem espiritual deverá prevalecer sobre o homem carnal (se é que o Espírito habita em nós!). Ou seja, tanto a lei do pecado e da morte, como a lei do Espírito de vida, passam a habitar concomitantemente em nós, militando um contra o outro (Gl.5:17). Mas se somos guiados pela lei do Espírito de vida, não estamos mais debaixo da lei do pecado e da morte (Gl.5:18). Ora, tudo o que a lei diz, aos que estão debaixo da lei o diz (Rm.3:19)! Então, saia debaixo dela para que o espírito da morte não te encontre! (1Pe.5:8).

Agora, pela santificação do espírito, temos todas as condições em Cristo de tornar inoperantes as ações da carne e submetê-las, pelo nosso livre-arbítrio, à vontade do nosso homem interior! Se o Espírito em nós habita, o pecado não terá poder sobre nós, pois o homem espiritual prevalecerá. [Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, de maneira que obedeçais às suas paixões; nem ofereçais cada um os membros do seu corpo ao pecado, como instrumentos de iniquidade; mas oferecei-vos a Deus, como ressurretos dentre os mortos, e os vossos membros, a Deus, como instrumentos de justiça. Porque o pecado não terá domínio sobre vós; pois não estais debaixo da lei, e sim da graça – Rm.6:12-14]. Portanto, esta é a graça de Deus: sua cruz nos permitindo participar da natureza divina, para que pela santificação do espírito, vivamos a lei do Espírito de vida, e possamos fazê-la prevalecer sempre sobre a lei do pecado e da morte, até alcançarmos a vida eterna! Este é o projeto!

Se acreditarmos que a lei do Espírito de vida substituiu a lei do pecado e da morte, vamos cair no erro de que mesmo uma vida sem santificação, nos levará ao céu! E a Bíblia diz que o mesmo Deus de paz vos santifique completamente. E todo o vosso espírito, alma e corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo (1Ts.5:23). A epístola aos Romanos traz em Rm.1:5-6: por intermédio de quem viemos a receber graça e apostolado por amor do seu nome, para a obediência por fé, entre todos os gentios, de cujo número sois também vós, chamados para serdes de Jesus Cristo. Obediência por fé é santificação! Romanos 6:22 explica de maneira muito clara: Agora, porém, libertados do pecado, transformados em servos de Deus, tendes o vosso fruto para a santificação e, por fim, a vida eterna.


Pode parecer estranho, mas estamos debaixo de uma lei, sim! Só que não mais a lei de Moisés, não mais a lei na forma de ordenanças que traz sacrifícios, condenação e morte, mas debaixo da lei do Espírito, que nos envolve em amor, graça e reconciliação! A lei do Sinai tem 613 mandamentos, sendo 365 do tipo não faça isso, não faça aquilo; e outros 248 mandamentos do tipo faça isso, faça aquilo. Mas, se lemos não mintais uns aos outros, uma vez que vos despistes do velho homem com os seus feitos, de Cl.3:9; ou portanto, meus amados, fugi da idolatria, de 1Co.10:14, por acaso não são estes versículos da lei do Espírito da vida, do tipo não faça isso e faça aquilo, todavia, escritos pelo apóstolo da graça, e inspirados pelo Espírito Santo? Ora, se pecamos e o Espírito não está em nós, temos um acusador; se pecamos e somos morada do Espírito, temos um Advogado junto ao Pai (1Jo.1:21)!


As coisas velhas já passaram [corpo e alma], eis que tudo se fez novo [espírito, corpo e alma]. Adão pecou quando era tricotômico. A consequência da desobediência é que seu homem espiritual morreu, e então ele se tornou corpo e alma (dicotômico), afastado de Deus. Só a cruz tornou possível a reconciliação (e não apenas isto, mas também nos gloriamos em Deus por nosso Senhor Jesus Cristo, por intermédio de quem recebemos, agora, a reconciliação – Rm.5:11)! A comunhão com Deus só seria possível com o homem espiritual, pois Deus é Espírito! Sem o homem espiritual, sem nos envolvermos com a cruz de Cristo, não há salvação, o homem segue para a perdição.


Então Cristo Se faz pecado (não pecador) e maldição por nós (Gl.3:13) e katargeo o pecado na cruz do Calvário para que Nele fôssemos feitos justiça de Deus (2Co.5:21). Assim: (1) o homem espiritual é renascido, justificado pela ressurreição de Cristo; (2) ele participa da natureza divina; (3) uma nova lei surge pela ressurreição de Cristo: a lei do Espírito de vida; (4) a lei do pecado e da morte passa a ser submissa à lei do Espírito de vida; (5) santificação do espírito; (6) vida eterna.


Podemos imaginar um cenário, como se o Senhor aparecesse para nós em Tiberíades, como fez com alguns discípulos depois da ressurreição (Jo.21) e, em meio a alguns pães e peixes na brasa, nos dissesse:

- Fiz-me pecado na cruz e paguei um preço alto para que vocês não sejam mais escravos do pecado! Transformei o pecado em lixo inoperante, privado de força e tornei vocês participantes da minha natureza para que o homem espiritual que renasceu em vocês pela minha graça domine sobre a carne. Não permitam que esta lei ressuscite e reine sobre vocês! Vocês tem uma nova lei – a lei do Espírito de vida, a minha Palavra! Dessa forma, se o Espírito está em vocês, o pecado e sua lei que levam à morte, não terão mais domínio sobre os que creem! Se tropeçarem à semelhança de Adão [quando havia apenas a lei do pecado e da morte], façam prevalecer os preceitos da minha Palavra e ouçam a voz do Espírito Santo! Se caírem por fraqueza, arrependam-se de coração e a minha graça sustentará vocês! Estas são as armas: a fé e a santificação! Se antes o pecado os levou à morte, agora vocês foram justificados pela fé na minha ressurreição. Eu subjuguei o pecado, tornando-o inoperante para que vocês tenham vida, e a tenham em abundância. Já não são mais escravos do pecado; pelo contrário, ele agora deve ser submisso ao novo homem. Se vocês estão em mim, considerem-se novas criaturas. As coisas velhas já passaram, surgiram coisas novas. Não extingais o Espírito, abstenham-se de toda espécie de mal e não deem lugar ao diabo. Como disse a Nicodemus, necessário era que vocês nascessem da água e do espírito! O castigo que traz a paz sobre vocês estava sobre mim na cruz, bem como vocês foram sarados pelas minhas pisaduras. Apenas creiam e considerem-se mortos para o pecado. O pecado de Adão que fez a humanidade privar-se do homem espiritual foi destituído de poder, mas esta condição só subsistirá diante de uma vida de santidade na minha presença. Saibam que o pecado está ávido para ressuscitar! Basta que vocês negligenciem e não atentem para o fato de que há um novo homem espiritual em vocês e uma nova natureza que dirige seus passos, pelo meu Espírito! Derrotei o inimigo e o entreguei nas suas mãos! Paguei um preço alto! Mantenham a velha natureza presa e submissa. Ela é escrava agora! Imponham a nova lei do Espírito de vida sobre ela! Não tornem novamente a um jugo de pecado e morte! Agora, vocês são meus filhos. Se voluntariamente o pecado ainda prevalecer, não restará mais sacrifícios! Se viverem deliberadamente em pecado, depois de terem recebido o pleno conhecimento da verdade, já não resta sacrifício pelos pecados! Justificação e santificação são a base da salvação de vocês; assim como justiça e santidade são a base do meu trono.

Paulo escreveu aos romanos que o pecado não mais teria domínio sobre nós, pois não estamos debaixo da lei, mas da graça! O pecado continua habitando, desejoso para ser reconectado como aquele cabo elétrico inoperante, mas que não tem a força de antigamente, do tempo da lei! Parece aquela tampa do caixão que se mexe nos filmes de Drácula, interpretados por Bela Lugosi ou Boris Karloff! O pecado não tem mais a quem recorrer, pois sua fonte estava na lei! E o fim da lei é Cristo! A lei foi totalmente cumprida na cruz e é totalmente subdimensionada diante da graça!

Na usina da vida, o inferno aparece com opções mirabolantes e pareceres técnicos bizarros, como geradores de energia fake, tentando reconectar os cabos antigos, mas eles estão enferrujados e improdutivos, pesados e velhos como Eli, sacerdote do Senhor, quando caiu da cadeira e morreu quando se lhe quebrou o pescoço (1Sm.4:18). Os novos cabos só podem ser conectados aos novos painéis de distribuição – em Cristo! Glórias a Yeshua HaMashiach!


Esta é a graça! Não precisamos mais nos conectar aos cabos antigos, pois fomos renascidos em Cristo! Todavia, se nos dão a opção de trocar os cabos antigos por novos, dimensionados adequadamente, mas optamos em negligenciar e insistir em manter os subdimensionados, impossível será alcançar o prêmio, e o curto-circuito terá, certamente, consequências catastróficas. Poderá haver incêndios e explosões, e será o fim! Há pecado para morte, e por esse não digo que ore (1Jo.5:16)!


Toda esta meditação acima foi motivada pela leitura de certos trechos do Novo Testamento, que me fizeram ponderar sobre a salvação e o caminho para a vida eterna. No discurso registrado em Romanos 2:13, Paulo escreve aos judeus, que não serão justificados diante de Deus os que apenas ouvem a lei, mas os que praticam a lei (Rm.2:13). Sabemos que não vivemos mais debaixo da lei mosaica, mas temos uma nova lei que rege nossas vidas: a lei do Espírito de vida. E, então, da mesma forma, temos uma lei para ser obedecida, mas com caráter e premissas completamente diferentes da lei de Moisés! Eu amo, por isso obedeço. Isso é totalmente diferente da lei entregue no Sinai, quando a desobediência levava à morte! A salvação não pode parar em: aceitei Jesus e agora sou salvo ou estou debaixo da graça! A Palavra diz que justificados, pois, pela fé, tenhamos paz com Deus (Rm.5:1). Sem dúvida, ressuscitamos com Cristo e agora estamos assentados com Ele nos lugares celestiais. O versículo seguinte diz (Rm.5:2): [Cristo], mediante quem obtivemos entrada pela fé a esta graça, ou seja: (1) cremos Nele e obtivemos a justificação pela Sua ressurreição; (2) na qual estamos firmes, e nos gloriamos na esperança da glória de Deus. Ou seja, a premissa é crer (justificação) e permanecer firmes (santificação) nesta fé, estabelecidos nesta crença (gr.histemi)!


Ora, se lemos para que não reine o pecado em nosso corpo mortal para obedecer às suas paixões, é porque ao sermos justificados pela fé, recebemos habilidade de Deus para cumprirmos uma nova lei, para não mais servirmos ao pecado como escravos! Há uma voz imperativa da parte do Espírito: não reine o pecado! Mas há uma voz do inferno tentando encontrar ressonância: reine o pecado! E por isso devemos estar firmes, plenamente convictos de quem somos agora em Cristo, a partir desse novo nascimento. Este foi o motivo de Cristo ter dito: necessário vos é nascer de novo, não da carne. Mas se vocês não nascerem da água e do Espírito, não poderão entrar no reino de Deus (Jo.3:5-7).

E então você varre o Novo Testamento e percebe que grande parte dele é um verdadeiro manual de santificação. São verdadeiras pérolas entre preceitos e orientações do Espírito Santo para que o homem espiritual prevaleça sempre sobre o velho homem que foi despojado e crucificado com Cristo!

Tais fostes alguns de vós; mas vós vos lavastes, mas fostes santificados, mas fostes justificados em o nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus (1Co.6:11); Assim corro também eu, não sem meta; assim luto, não como desferindo golpes no ar. Mas esmurro o meu corpo e o reduzo à escravidão, para que, tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado (1Co.9:26-27); Por isso, não desanimamos; pelo contrário, mesmo que o nosso homem exterior se corrompa, contudo, o nosso homem interior se renova de dia em dia (2Co.4:16); Tendo, pois, ó amados, tais promessas, purifiquemo-nos de toda impureza, tanto da carne como do espírito, aperfeiçoando a nossa santidade no temor de Deus (2Co.7:1); assim como nos escolheu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele (Ef.1:4); e vos revistais do novo homem, que, segundo Deus, é criado em verdadeira justiça e santidade (Ef.4:24)! Quantas não são as exortações para que tenhamos uma vida completamente envolvida pela santificação! Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados; e andai em amor, como também Cristo vos amou e se entregou a si mesmo por nós, em oferta e sacrifício a Deus, em cheiro suave. Mas a prostituição e toda impureza ou avareza nem ainda se nomeiem entre vós, como convém a santos; nem torpezas, nem tolices, nem chocarrices, que não convêm; mas, antes, ações de graças. Porque bem sabeis isto: que nenhum fornicador, ou impuro, ou avarento, o qual é idólatra, tem herança no Reino de Cristo e de Deus. Ninguém vos engane com palavras vãs; porque por essas coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência. Portanto, não sejais seus companheiros. Porque, noutro tempo, éreis trevas, mas, agora, sois luz no Senhor; andai como filhos da luz (porque o fruto do Espírito está em toda bondade, e justiça, e verdade), aprovando o que é agradável ao Senhor (Ef.5:1-10). Paulo escreve aos filipenses para que efetuem [realizem, executem, desenvolvam] a salvação com temor e tremor (Fp.2:12)! Ora, o que significa desenvolver a salvação, se não, partir de um ponto inicial chamado justificação e chegar à vida eterna, por uma estrada denominada santificação?

E o que dizer do mesmo Paulo quando se julgava ainda não ter alcançado o alvo da glória eterna (Fp.312-16)? Aos colossenses, ele diz que Cristo, o cabeça do corpo, nos reconciliou no corpo de Sua carne, pela morte, para perante Ele nos apresentarmos santos, irrepreensíveis e inculpáveis (Cl.1:22); Assim como recebestes a Cristo Jesus, o Senhor, assim também andai Nele (Cl.2:6). Seria demais ler que a vontade de Deus é a nossa santificação, que nos abstenhamos da prostituição e da impureza (1Ts.4:3; 7)? Aos tessalonicenses, Paulo chama atenção para a vigilância, para que estivessem sóbrios, não se embriagassem como os que vivem pela noite, mas que exortassem uns aos outros, pois Deus não nos destinou para a ira, mas para alcançar a salvação, por nosso Senhor Jesus Cristo (1Ts.5:6-11). Ele está escrevendo para as igrejas, não para os ímpios! E tome de exortações, tamanha a preocupação que ele tinha com os irmãos, como que necessitando de todo cuidado e atenção, a fim de não perderem a salvação. O autor de Hebreus diz que sem a santificação, ninguém verá o Senhor (Hb.12:14).


Ao ressuscitarmos com Cristo, passamos a ter duas naturezas: Porque, embora andando na carne, não militamos segundo a carne (2Co.10:3). Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne, porque são opostos entre si; para que não façais o que, porventura, seja do vosso querer (Gl.5:17). Somos santos, pois no espírito nos tornamos participantes da natureza divina; e podemos nos considerar mortos para o pecado desde que essa natureza mantenha subjugada a lei do pecado e da morte, não permitindo que o pecado reine em nosso corpo mortal, mas submetendo nosso corpo e membros, não mais ao pecado como instrumentos de iniquidade, mas como instrumentos de justiça! A bola, agora, está conosco! Mas quando pecamos, é porque tal natureza do pecado se manifesta! As brechas precisam ser fechadas! O velho homem quer ressuscitar de qualquer jeito! A lei dos mandamentos na forma de ordenanças que havia sido abolida na cruz encontra motivo para ser seguida! E então passamos a viver a desgraça da consciência do pecado! E se isso acontecer, não percamos tempo: é se arrepender, pedir perdão a Deus e força ao Espírito Santo para nos ajudar em nossas fraquezas, a fim de não recorrermos no mesmo erro. E bola pra frente!


Aquilo que Cristo tinha que fazer por nós, já o fez! Agora nos cabe, tendo iniciado um caminho de justificação pela fé, desenvolver essa salvação através dos mandamentos de santificação que o Novo Testamento nos ensina, esquecendo as coisas que nos fazem tropeçar e caminhando para as que estão adiante, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus, a fim de alcançar nossa pátria que está nos céus, quando o Senhor transformará o nosso corpo de humilhação para ser conforme Seu corpo glorioso.


Se katargeo traduzisse aniquilar ou destruir, realmente não seríamos mais pecadores! Mas não foi isso que Jesus fez na cruz. Ele tornou inoperante o pecado e nos capacitou a vivermos com Ele, considerando-nos mortos para o pecado! Se katargeo significasse aniquilar ou destruir, os versículos registrados em Romanos 6:12-14 não fariam qualquer sentido! Por que Paulo escreveria Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, de maneira que obedeçais às suas paixões; nem ofereçais cada um os membros do seu corpo ao pecado, como instrumentos de iniquidade; mas oferecei-vos a Deus, como ressurretos dentre os mortos, e os vossos membros, a Deus, como instrumentos de justiça. Porque o pecado não terá domínio sobre vós; pois não estais debaixo da lei, e sim da graça? Não reine, portanto, é sinal de que poderá reinar! A exortação para não oferecer, é porque pode ser oferecido!

Por isso devemos nos considerar mortos para o pecado! Não temos outra opção, se almejamos a vida eterna! Precisamos ser firmes em não permitir que o pecado domine sobre nós! Essa é uma decisão que devemos tomar! Antes estávamos desprovidos do homem espiritual. Uma vez tendo ele renascido, o Espírito Santo passa a habitar em nós! Isso é tremendo! Então passamos a viver regidos por uma nova lei! O pecado só será completamente extinto quando recebermos um corpo de glória!

Satanás será preso por mil anos, e depois será solto e destruído totalmente! Podemos optar em manter o pecado preso, submisso à lei do Espírito de vida! É notória a diferença entre Satanás estar preso por mil anos (Ap.20:2) e depois ser solto para, aí, sim, ser lançado por toda eternidade no lago de fogo e enxofre, onde será atormentado para todo o sempre (Ap.20:7-10)! Inoperante e destruído; ineficaz e aniquilado, são coisas que em algum momento podem parecer similares, mas são diferentes! A primeira age como se estivesse destruída, mas ainda está viva; a outra, está definitivamente aniquilada!

O pecado não terá domínio sobre vós, pois não estás debaixo da lei, mas debaixo da graça (Rm.6:14). Por que? Porque o Espírito está em nós! Não somos mais escravos do pecado! Se nos deixamos dominar pelo pecado, o Espírito não está em nós (Rm.8:9)! Se pecamos, ouvimos a voz do Espírito e então nos arrependemos, isso é sinal de que Aquele que começou a obra em nós, a aperfeiçoará até o Dia de Jesus Cristo (Fp.1:6), mesmo porque lemos que todo aquele que permanece nele não vive pecando; todo aquele que vive pecando não o viu, nem o conheceu [ . . . ] Todo aquele que é nascido de Deus não vive na prática de pecado; pois o que permanece nele é a divina semente; ora, esse não pode viver pecando, porque é nascido de Deus (1Jo.3:6;9).


Santos e pecadores! O espírito e a carne! Um guerreia contra o outro! Foi Paulo quem disse! Se o pecado tivesse sido aniquilado, destruído, não haveria necessidade de arrependimento, de metanoia, de uma ação corretiva através da Palavra, nem o espírito teria com quem guerrear! Por que Jesus tornou inoperante o pecado, e não o destruiu na cruz? Não sei! Talvez para que os filhos crescessem em graça, através da santificação ou para que usassem o livre-arbítrio, optando em se afastar do pecado! Não sei! Sei, sim, que nosso primeiro passo rumo à vida eterna é sermos justificados pela fé em Cristo! Primeiro entrego minha vida a Cristo! E aprendo também, pela Palavra, que a salvação não para por aí! Ela tem um caminho para ser percorrido! Já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim (Gl.2:20)! A isso, chama-se santificação! Depois, sim, é correr para o abraço!


Se Cristo tivesse destruído o pecado, não haveria necessidade de nos considerarmos mortos para o pecado! Simplesmente estaríamos efetivamente, literalmente, mortos para ele! A lei do Espírito de vida foi concedida para vivermos no espírito! E esta deve prevalecer sobre a lei do pecado e da morte, como se esta última não existisse! Se Cristo destruiu ou aniquilou o pecado na cruz e nós estávamos com Ele e ressuscitamos com Ele, por que ainda pecamos? Ou por que ainda temos tal capacidade ou possibilidade? Se isso fosse possível, teríamos na terra um povo cem por cento santo, impossível de cometer pecados! Seríamos deuses impecáveis andando sobre este planeta! Mas não é isso que se vê! Se isso fosse verdade, teríamos que jogar no lixo todos os versículos do NT que falam de santificação!

Por isso lemos em Romanos 6:11-14 que da mesma forma, considerem-se mortos para o pecado, mas vivos para Deus em Cristo Jesus. Portanto, não permitam que o pecado continue dominando os seus corpos mortais, fazendo que vocês obedeçam aos seus desejos. Não ofereçam os membros dos seus corpos ao pecado, como instrumentos de injustiça; antes ofereçam-se a Deus como quem voltou da morte para a vida; e ofereçam os membros dos seus corpos a ele, como instrumentos de justiça. Pois o pecado não os dominará, porque vocês não estão debaixo da lei, mas debaixo da graça.

Eu penso que quando a Palavra nos exorta à santificação, ela nos questiona em outras palavras: você quer mesmo Jesus? Então saiba que não é só levantar a mão e responder positivamente a um apelo feito no púlpito! Há uma caminhada! Essa é, em minha opinião, a explicação para 1 Pedro 4:18, que assusta os leitores quando leem: E, se é com dificuldade que o justo se salva, onde comparecerá o ímpio, sim, o pecador? Por que? Porque aquele que é justificado pela fé tem um caminho de santificação a cumprir até alcançar o prêmio da vida eterna!


Por que tenho batido tanto nessa tecla? Porque tenho visto alguns descansarem no fato de que entregaram suas vidas a Cristo, e que por isso, quaisquer desmandos são relevados pela cruz; porque tenho visto muitos irmãos cauterizando suas consciências espirituais, e não dando a devida importância à literalidade das Escrituras; porque tenho visto outros adaptando a Bíblia às suas vidas, ao invés de fazerem o contrário, como se tivessem autoridade e liberdade para tal; tenho visto ainda outros passando à frente do Espírito e definindo uma forma de tornar obsoletos determinados versículos do Novo Testamento, confundindo santificação com legalismo. Mais ainda: tenho visto crentes enchendo o peito para se defender do pecado na forma: quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica! Quem os condenará? Pois Cristo intercede por nós! Quem nos separará do amor de Cristo? Somos mais que vencedores por Aquele nos amou! Estou debaixo da graça! Uma vez salvo, sempre salvo! Sou santo, não pecador!


Irmãos, não percam de vista que Deus não se deixa escarnecer, porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará! (Gl.6:7). Se o pecado prevalecer e não houver arrependimento, colheremos a morte; se semearmos no espírito, colheremos a vida eterna!

Se, porém, alguns dos ramos foram quebrados [judeus], e tu [gentio], sendo oliveira brava, foste enxertado em meio deles e te tornaste participante da raiz e da seiva da oliveira, não te glories contra os ramos; porém, se te gloriares, sabe que não és tu que sustentas a raiz, mas a raiz, a ti. Dirás, pois: Alguns ramos foram quebrados, para que eu fosse enxertado. Bem! Pela sua incredulidade, foram quebrados; tu, porém, mediante a fé, estás firme. Não te ensoberbeças, mas teme. Porque, se Deus não poupou os ramos naturais, também não te poupará. Considerai, pois, a bondade e a severidade de Deus: para com os que caíram, severidade; mas, para contigo, a bondade de Deus, se nela permaneceres; doutra sorte, também tu serás cortado (Rm.11:17-22).









 
 
 

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